terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

RIO COMEÇA A GANHAR PLACAS PARA PEDESTRES

Novidades no mobiliário urbano do Rio de Janeiro. São as placas 'Walk Rio/Rio a Pé.' Vcs não imaginam como estou contente com a instalação quieta e sem alarde em vários pontos de Copacabana. Acredito que parte do projeto saiu de uma conversa rápida e informal que tive com o Carlos Osório, atual secretário estadual dos transportes, durante a gravação da entrevista dele ao Ronaldo Gomlevsky no início de 2014 para Menorah na TV.

NOVAS PLACAS WALK RIO 00

Questionei o então secretário municipal, se havia algum motivo para não termos placas indicativas para pedestres, mostrando estações de metrô e principais atrações turísticas num raio de 3 ou 4 quarteirões, como havia em Londres já há mais de 8 anos. Na ocasião ele achou interessante e disse que ia pensar no caso. Algumas semanas depois, em outra entrevista, desta feita com o prefeito Eduardo Paes, aproveitei um dos momentos de descontração e falei com ele a mesma coisa.

placa londrina marrom imperial war museum
Exemplo de placa londrina marrom, defronte a saída de uma estação de metrô, indicando ao pedestre virar à esquerda para ir ao Imperial War Museum.

Bem, estão aí, em sua fase inicial de implantação. Posso até estar sendo meio pedante em relação a este caso, mas fica para mim a sensação de um morador da cidade poder dar ao governo local uma ideia e ela prosperar para o bem da sociedade.

NOVAS PLACAS WALK RIO 01

Este tipo de placa é fundamental para os milhões de turistas que visitam a cidade anualmente e certamente o sistema estará totalmente implantado para a Olimpíada.

É diferente do sistema londrino com placas presas em postes comuns apontando apenas um objetivo. No caso do RJ, me parece bem mais interessante e eficiente pois se cria um ponto de indicações para quatro direções básicas, visível e com informações personalizadas e distintas em todas as faces. Também diferente do londrino, o carioca mostra o tempo de percurso a pé até o objetivo. Mas diferente do londrino, por exemplo, a três quarteirões do Copacabana Palace não é indicada a existência de tal atração turística.

NOVAS PLACAS WALK RIO 02

Só que o sistema é inteligentemente modular e outras placas poderão ser acrescentadas. Espero que a Prefeitura venda este espaço. Por exemplo, quanto o Copacabana Palace pode pagar por ano para ter suas indicações nas placas próximos a ele?

NOVAS PLACAS WALK RIO 03

Ainda falta outro ponto de nossa conversa de um ano atrás: o treinamento dos trocadores das principais linhas de ônibus que atendem os turistas no Rio de Janeiro, com noções do que deveriam saber para cobrar as passagens e dar pequenas indicações em espanhol, inglês, e qualquer outra língua, inclusive o português, tão complicado para alguns. Sabe aquele crachá de serviços de bordo de aviões onde há bandeirinhas com as línguas que o comissário fala ou arranha? Os trocadores destas linhas também deveriam ter. É só questão de querer fazer.

Alguns, por conta própria, avisam os pontos do Rio Sul, do Copacabana Palace, do Jardim Botânico e poucos outros mais. É uma iniciativa positiva individual e não política da empresa ou do setor do turismo no RJ, que deveria arcar com o custo a formação destes profissionais. Mas, começamos! Já estamos melhor que há 15 dias atrás.

José Roitberg - jornalista e pesquisador

domingo, 15 de fevereiro de 2015

ESTATUTO DO DESARMAMENTO - FALÊNCIA DA FALÁCIA

por José Roitberg - jornalista e pesquisador

O Ricardo Boechat deve estar fulo da vida. É que ontem (sábado de Carnaval) no Jornal da Band na TV foi publicada uma matéria consideravelmente longa ACUSANDO os governos FHC, Lula e Dilma e seus ministros da Justiça como CULPADOS pela violência com armas de fogo no Brasil.

A Band mostrou que desde a implementação do Estatuto do Desarmamento de forma sub-reptícia, já que em plebiscito aberto, voto na urna a população disse NÃO, NÃO QUEREMOS SER DESARMADOS (e este jornalista aqui, bem como alguns dos amigos que me leem trabalhamos ativamente pelo esclarecimento e pelo NÃO, gastando para a campanha, um pouco de dinheiro que havia em nossos bolsos), bem, desde a implementação do Estatuto do Desarmamento o índice de criminalidade armada no Brasil AUMENTOU EM 6,5% !!! E veja bem: não há estatística precisa para o aumento da violência sem arma de fogo, mas sabemos que isso subiu que nem foguete.

A Band falou com todas as palavras que o armamento "sofisticado" (quase sei porque evitaram o termo "militar) e de calibres não-permitidos é oriundo de outras fontes e não da população civil. Disseram ainda que o bandido TEM A CERTEZA de encontrar populares desarmados e que não reagirão.

Isso, meus amigos, eram nossos argumentos do que era verdade e o que era futuro, lá atrás na campanha pelo NÃO. E dissemos ainda que bandos de marginais desarmados iriam fazer arrastões entre a população desarmada, coisa que virou "vida normal" em Copacabana, no Centro do Rio de Janeiro e na Central do Brasil. Dissemos ainda que um belo dia, traficantes e bandidos armados iriam entrar no seu prédio, onde você mora, e iriam mandar você embora e se apossar de todos os seus bens e de sua casa: você não conseguiria mais vender aquele imóvel após isso. E se meu leitor acompanha o noticiário do Rio, sabe que uma situação destas está em andamento na Praça Seca em Jacarepaguá, desde 2013, intensificada agora no final de 2014, com os traficantes construindo quebra molas altas em via pública para evitar que a polícia chegue rápido ao prédio em questão. Note que não é uma ocupação de um dia para outro, mas algo que vem acontecendo há meses e já foi alvo de mais de 100 denúncias ao 190 da PM. De forma bizarra, a PM não só nada fez, como a Polícia Civil da região disse desconhecer o caso e que irá formar um grupo "para estudar o que fazer..."

No mesmo período em que a ocupação do condomínio na Praça Seca se desenvolve, tivemos a ocupação por semanas, de um bairro inteiro do Minha Casa Minha Vida, por homens armados.

Temos ainda o tráfico atacando cabos e sistemas de sinalização da Supervia, provocando acidentes entre trens. Uma das linhas de investigação oficiais, segundo o secretário de transportes Carlos Osório, é que cada vez que os trens são travados, os passageiros precisam procurar as vãs legais e principalmente as ilegais. Assim os ataques terroristas (e não criminosos) à via férrea carioca seriam apenas um 'golpe' para faturar com o transporte ilegal.

Estas ações são apenas a ponta deste monte de merda que se tornou a questão da criminalidade armada contra a população desarmada. Por enquanto, as ações criminosas estão dando certo, o que via lhes indicar que devem ser incrementadas.

Voltando a matéria da Band, internacionalmente o Brasil está numa péssima colocação, o oitavo no mundo, imediatamente abaixo do Sudão, uma país muçulmano sunita, controlado pela parte árabe da população, regido oficialmente pela sharia (lei islâmica) onde a vida de quem é muçulmano da facção que não está no poder ou dos muçulmanos negros que preferem fugir para Israel, não vale nada e onde é crime punível com a brutalidade de espancamento público uma mulher usar calça jeans, mesmo que por debaixo da veste islâmica. E quem executa as sentenças cruéis no Sudão, são os policiais, riem enquanto flagelam as mulheres, filmam e postam na Internet.

Eu, como brasileiro, como patriota, não posso admitir que meu país seja levemente menos violento que o Sudão!!! E devido à política de governo de esquerda fracassada! (incluindo o FHC)

A Band mostrou ainda que em TODOS OS PAÍSES onde houve desarmamento da população civil os índices de criminalidade AUMENTARAM, apontando como exemplo a insuspeita Inglaterra, que é o país com os índices mais elevados da Europa. Ao passo que a Band mostrou que nos EUA, com 300.000.000 (trezentas milhões) de armas de fogo distribuídas entre a população, com venda anual de novas 10 milhões de armas, os índices de criminalidade CAÍRAM, mais uma vez, como vem caindo anualmente.

A taxa global de homicídios é de 6,2 para cada 100.000 habitantes. No Brasil estamos em gravíssimos 25,2 para cada 100 mil, portanto 400% a mais que a média mundial. No Brasil são mortas em torno de 50.000 pessoas por ano, enquanto que no Chile, são apenas 550. E na Colômbia que possui a alarmante taxa de 30.8 para 100 mil, contando com as FARC dominando um território equivalente ao da Suíça, travando uma guerra interna de décadas, em número frios são apenas 14.670 mortos/ano. Em números absolutos, o Brasil está em primeiro lugar na lista, seguido pela Índia, que possui índice 3,5 mas população com mais de 1 bilhão e 100 milhões de habitantes.

Sabe qual é o número de mortos por ano em Hong Kong, mesmo com todas as máfias? 27 pessoas...