sexta-feira, 24 de junho de 2011

Mídia MENTE - Não há Hackers!!!

Quando se trata de coisas técnicas, meus coleguinhas jornalistas são um nojo. A bola da vez é o "hacker", o vilão cibernético que está atacando os sites do governo brasileiro. Eu volto a gritar: NÃO EXISTEM HACKERS, não como a mídia os pinta.

As invasões de áreas onde estão dados, podem ser arquivos, programas ou páginas da internet, 100% das vezes ocorre com uma SENHA FURTADA ou oferecida para alguém por um empregado atual ou demitido. Não imagine que o Ministério da Educação, por exemplo tenha uma política de segurança de senhas, que as troque frequentemente e que sempre troque cada vez que tiver um problema com funcionário, uma aposentadoria, um afastamento. Isso simplesmente não existe, provavelmente em empresa alguma.

Aquelas maquininhas de cinema que o sujeito coloca do lado de fora de uma fechadura e ficam girando números até encontrar a senha e abrir a porta não existem. Também não dá para fazer isso com os sistemas de "login", de acesso, dos provedores da Internet. Se o provedor estiver configurado corretamente, na terceira ou quinta tentativa seu IP (endereço da computador que tenta entrar) fica bloqueado por um ou mais dias. Pode usar um IP diferente? Pode, mas vai ficar trocando de IP o tempo todo.

O que vimos nos jornais erradamente atribuídos a hackers são ataques de "negação de serviço" quando um endereço da internet é bombardeado por inúmeros pedidos de entrar na página ao mesmo tempo e durante algum tempo, impedindo conexões legítimas ou travando o servidor. Isso é feito de fora. Não precisa de senha, não precisa invadir. Para fazer isso,  baixa-se um programa gratuito muito difundido - não vou dar o nome - e se instala no computador. Esse programa fica ativo e é controlado pelo atacante. Milhares de imbecis, na maioria jovens e crianças, baixam isso e instalam em suas máquinas e o atacante as controla remotamente realizando o tal "ataque de negação de serviço" quando quiser. Os idiotas que instalam o programa são muito ingênuos em não achar que seus próprios dados e arquivos é que são o alvo do atacante. Tudo que os instaladores tem é roubado. 

Ao longo da história da web já se viu isso muitas vezes. Um dos exemplos eram aqueles programas que enviavam emails em massa. Eles funcionavam, mas o que faziam de fato era enviar toda a sua lista de endereços para o autor do programa, que depois os vendia naqueles discos com "20 milhões de emails..."

Pior, no caso desta semana, é os jornais publicarem que dados pessoais de ministros, governadores e prefeitos foram divulgados por "hackers." Meu amigo, todos os dados divulgados do ministro Fernando Haddad, que uso como exemplo, estão no perfil dele no Ministério da Educação e em outros perfis. O CPF dele é encontrado em mais ou menos 3 segundos pelo Google no Diário Oficial, link abaixo e a maior estupidez que vi na matéria do G1 é o "jornalista" escrever que "até mesmo o signo (do ministro) foi divulgado." Cacete! A menina ou menino que recebeu um diploma que não deveria ter sido dado acha do "hacker da velha" saber o signo de alguém através da data de nascimento...

Hoje, no ataque ao IBGE, também na matéria do G1, há um certo ar de "impressionante" por terem colocado uma imagem de um "olho com as cores da bandeira do Brasil". Mas esse imagem é velha para caramba e pode-se encontrar dezenas delas em http://tinyurl.com/6dgshrm

CPF de Fernando Haddad e de dezenas de outras pessoas no DOU

José Roitberg - jornalista

sábado, 11 de junho de 2011

Super Tuc-Tuc nacional–Tiger Cargo

tiger-cargo-3-modelosA restrição aos caminhões de carga em centros urbanos é cada vez mais presente no Brasil, com anos de atraso em relação a diversos países. Soluções para cargas já não tão pequenas são necessárias.

Nos países asiáticos, há décadas temos as variações de tuc-tucs, triciclos derivados de lambretas para pequenas cargas e um ou dois passageiros. Um dos motivos do sucesso deste meio de transporte é que são regiões sujeitas a vários meses de chuvas por ano e sol incialmente. Assim, uma cabine é fundamental.

Já faz uns 5 anos que a Kazinsky começou a fazer seus tuc-tucs no Brasil no mesmo conceito asiático mas a coisa empacou. Agora surge a Tiger, de Santa Catarina com um veículo inovador.

Pode parecer que é um derivado de moto, mas não é. Com opções de motores 4 tempos de 200 e 250 cc refrigerados à água e velocidade máxima baixa – 60 km/h – estes veículos podem ser uma solução para centros de capitais, mas principalmente para bairros periféricos e cidades menores.

tiger-cargo-500-kg

A cabine é moderna e realmente protege. O visual é bem moderno. Os modelos com rodagem simples na traseira podem levar 250 kg de carga e com rodagem dupla (o vermelho, nas fotos) leva até meia tonelada, o que é excepcional – uma meia Kombi.

O consumo normal é bem vindo com 20 km/l, podendo chegar a 30 km/l dependendo da carga e uso. Com um tanque de 11 litros, tem autonomia mínima de 220 km, que na situação mais comum de distribuir cargas de caminhões fora da zona proibida de descarga até o destino final significa mais de um dia de trabalho com um tanque, sem problemas.

Para facilitar a manutenção e aguentar esse peso todo, o sistema de transmissão não é por corrente como alguns triciclos adaptados de motos que vemos em ação. Há uma caixa de 5 marchas + ré, um eixo cardã e um diferencial traseiro o que vai permitir conforto e segurança nas curvas.

tiger-cargo-500-kg-cabine

A suspensão é bem reforçada, possui um estepe e pode receber até mesmo baú refrigerado. É uma boa solução para comunidades mais pobres com ruas estreitas onde os veículos normais não passam.

tiger-cargo-trasieras

Resta agora que o Contran entenda que um pequeno taxi para um ou dois passageiros, aberto, como em dezenas de cidades do mundo pode ser um grande atrativo para o Rio de Janeiro na Copa e na Olimpíada. E há pouco o que dizer de trocar um veículo 1.8 que vai fazer 8 km/l para levar um passageiro dentro da cidade, para um Tuc-Tuc-Tiger que pode fazer o mesmo percurso a 30 km/l. Deveria haver uma política de incremento a estes veículos.

tiger-cargo-250-kg

No Ceará, a Coca-Cola já opera 10 unidades do modelo para meia tonelada em suas entregas na capital. No Rio, você encontra este veículo em Botafogo, na Moog Motos (21) 2275-6821, na Rua Arnaldo Quintela ali logo depois da Rodrigo de Brito, à esq. (preço estimado para o modelo Tiger Cargo baú com 200 cc e carga de 250 km – R$ 15 mil)

José Roitberg – jornalista

sexta-feira, 10 de junho de 2011

DICAS PARA COLECIONAR Coca-Cola

DICAS PARA COLECIONAR - atendo a pedidos por emails vamos dar algumas dicas de como guardar suas coleções de tralhas da Coca-Cola

Qual é o melhor jeito para guardar as garrafas de vidro cheias? Ponha em um saco de plástico individual e enterre! Como não vai dar para fazer isso, a não ser se vc for pirado e não quiser ver as garrafas pelos próximos 30 anos, faça o seguinte. Jamais deixe expostas ao sol ou à claridade. O melhor lugar é dentro de armários. A luz deteriora o líquido e o clareia. Outro dia recebi uma garrafa francesa de 1956, que ficou 55 anos num armário e parece que o liquido saiu da fábrica um dia antes. O líquido não deve tocar a chapinha para não enferrujar. O ideal é que de tempos em tempos, você tire a poeira com um paninho. Garrafas de vidro mais modernas e finas, principalmente as descartáveis e a de 1 litro fabricada em São Paulo costumam explodir com variações de temperatura e pressão. É melhor tirar a chapinha com cuidado e guardar vazia. Se quiser, encha quando der na telha.

Lembre: sol e luz são os maiores inimigos de rótulos e impressões.

Garrafas de vidro vazias: podem ficar em qualquer lugar, menos deitadas amontoadas em caixas. Isso costuma dar uma esfolada nos vidros, rótulos e pinturas e vc não quer isso. Se conseguir e não forem muitas, o ideal e arrumar as caixas de 24 de madeira ou plástico da própria Coca e deixar as garrafas lá.

E as garrafas PET? Cheias, tem o hábito de se deformar com as variações da pressão do ar. Vc guarda por um tempo e quando vai ver ela está cheia e amarrotada. Vazia, se deforma demais com as variações de pressão se vc deixar a tampinha atochada. coloque a tampa mas não enrosque até fim, deixando o ar sair e entrar livremente na garrafa. Não ponha peso sobre elas.

Lata de alumínio: não imagine que não haverá corrosão por serem de alumínio. Já vi corroer de fora para dentro e de dentro para fora. As mais novas, são muito finas e algumas minhas já explodiram com variações de pressão, quietas na estante. Coisa de deixar alguns anos quieta e um belo dia vc volta para casa e está tudo molhado de Coca, com mancha no teto e tudo. Por outro lado, as latas vazias se amassam e amarrotam com muita facilidade, no próprio manuseio para ver ou mostrar a lata. Vc precisa decidir. Todas as embalagens vazias precisam ser lavadas com água antes de irem para a coleção. Lembre que baratas curtem Coca e as formigas adoram.

Latas de aço: são latas mais antigas que você deve ter enferrujadas. Não há o que fazer. Elas enferrujam mesmo. Se estiverem cheias, vão vazar após alguns anos. É claro que aparecem latas com 30 ou 40 anos ainda quase perfeitas, mas que estão em climas secos, com pouca variação de temperatura e sem sal no ar. Mas são adoráveis exceções.

Chapinhas: há umas folhas de plástico para guardar coleções de moedas, botões slides. O ideal é colocar uma chapinha por bolsinho e manter elas quietas. Também serve bem para cartelas de fósforos

Chaveiros: todo mundo que conheço enfia pilhas de chaveiros em caixas. E aí, arranham e enferrujam mesmo. Acho que ninguém consegue guardá-los direito

Anúncios em revistas: acaba não dando para guardar as revistas. Para retirar os anúncios o mais correto não cortar com uma faca olfa ou estilete. O melhor e desmontar a revista, removendo grampos, cola de lombada e costura, e aí sim, tirar as páginas inteiras com anúncios ou cortá-las. O mais comum é ver gente que arranca e rasga as páginas. Que raiva eu tenho. Tem gente que guarda os anúncios em envelopes de plástico ou envelope de papel pardo. Até hoje uso ambos e nunca tive problemas. Anúncios que ficam amontoados em pastas acabam tendo problemas. Jamais use clips ou elásticos. Os primeiros enferrujam e arrebentam o papel. Os elásticos derretem e colam no papel quando não os cortam. Albuns de fotos - com saquinhos de plástico - também são muito bons. Tem uns do tamanho exato para anúncios da Seleções e tudo meu que veio de lá está neste tipo de album. Ficam perfeitos para folhear e mostrar para os outros. NUNCA, NUNCA, NUNCA escreva a data do anúncio na frente. Se não estiver impresso, coloque atrás, ou melhor ainda no envelope. Se for escrever atrás use um lápis 6B macio e jamais use caneta e muito menos pilot.

Para scanear: use um scanner de mesa qualquer na resolução 300 dpi e se tiver no software dele, use o desentrelaçamento como indicado, para jornal, revista ou revista com alta qualidade de impressão. Não vai fazer economia alguma usando 72 dpi. Espaço em disco não é mais um fator a ser considerado. Quando vc coloca revistas antigas num scanner é normal que haja resíduos, poeira, fungos etc no vidro. Limpe frequentemente com um daqueles paninhos para monitor ou para óculos, que não soltam fiapos. Se seu vidro ou lentes de máquina fotográfica estiverem com fungos, limpe com água oxigenada. Os fungos precisam viver em ambiente de baixa oxigenação (note como eles gostam da parte interna, teoricamente lacrada das lentes). O H2O2 acaba com eles.

Para fotografar: você deve fotografar suas coleções. Agora então que todo mundo tem câmera digital está muito simples. Sempre use a regulagem para fotos macro (aquela florzinha). Se vc tiver muita coisa para fotografar é melhor criar um estudiozinho com um tripé barato e duas lâmpadas iluminado a lata ou garafa em "V" para não haver sombras nem reflexos. Normalmente o flash é terrível para isso e precisa saber bem o que faz. Como o balanço de branco das máquinas está ótimo, lâmpadas normais já são suficientes, mas se der para duas dicróicas ou leds, melhor. Se precisar de velocidades baixas, sem tripé, apoie a câmera numa pilha de livros, ou num banco e use o timer para ela bater a foto sozinha sem você segurar. Aí velocidades baixas como meio, um, dois ou mais segundos são simples de conseguir, com um foto final muito boa.

 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Noite dos Cristais sob os céus de Bagdá

Quem não conhece seu passado está condenado ao futuro. Não é esta a citação famosa, mas é neste formato que eu gosto dela. Primeiro de junho de 1941. Uma data que não diz nada a você. E não diz por quê? Porque ela não existe para o ensino judaico, não é citada nas escolas, nas yeshivot, nos movimentos juvenis.

O sistema de ensino acaba sempre por escolher o que ensinar e, caramba! São árabes! O que nos importa? E esse preconceito intrínseco aos judeus de origem européia, eu incluso (origem, não preconceito), é forte até os dias de hoje. Pouco se mostra, se recorda e se ensina sobre os judeus arabes, ou "sefaradim-aravim" como várias correntes religiosas adotam em Israel.

Quase três anos depois da Noite dos Cristais na Alemanha, Áustria e Tchecoeslováquia, foi a vez dos judeus de Bagdá serem atacados pelo Estado. Os pogroms e ataques violentos e fatais contra os judeus começaram no Oriente Médio anos antes do nazismo chegar ao poder e não são relacionados com a perseguição sórdida movida por Hitler. O antissemitismo islâmico tem suas próprias raízes históricas, seus próprios textos e homens chave. Matar os judeus, para eles, não exige uma desculpa nazista.

Como no Irã, então Pérsia, os judeus estavam no Iraque há mais de 2.500 anos, portanto, uns mil anos antes da chegada de árabes muçulmanos. Mas a propaganda islâmica de 1940 era de que os judeus eram estrangeiros no país que habitaram primeiro, talvez desde o Jardim do Éden. A comunidade judaica iraquiana de 1941 era a mais próspera e culta do Oriente Médio, com 90.000 pessoas.

O ataque, o pogrom do dia 1 de junho foi realizado por soldados iraquianos, policiais e gangues paramilitares que abriram caminho para a população incitada. 150 judeus foram assassinados barbaramente, centenas ficaram feridos (não havendo documentação para ser consultada) e cera de 600 comércios de judeus foram depredados e saqueados, apenas na capital do Iraque.

Para ter uma medida exata do que representou esse massacre para os judeus do mundo ocidental, basta dizer que não foi noticiado nos jornais.

Note que esse massacre ocorre 3 meses ANTES dos povos do leste europeu "liberados" pelos nazistas do jugo soviético, começarem a exterminar seus vizinhos judeus e limpar etnicamente sua Ucrânia, sua Lituânia, sua Estônia, sua Bielorússia, sua Bessarábia etc. Este pogrom não está relacionado oficialmente com o Holocausto, mas faz parte do contexto.

E de quem é a culpa? Quanto mais estudo e escrevo sobre o massacre de judeus no século 20, mais  me convenço de que a parcela maior de culpa é da Inglaterra. O Iraque teve uma tomada de poder nazista antes de 1941 e estava sob ocupação britânica. Os militares da rainha nada fizeram para impedir o ataque aos judeus, para deter o ataque aos judeus ou para prender e punir os assassinos dos judeus.

E já tinham experiência com isso desde o Massacre de Hevron em 1929, quando ficaram observando a turba árabe da cidade estuprar e trucidar seus judeus, e em outras ocasiões na Palestina do Mandato. O comportamento britânico foi esse em TODAS as vezes que árabes partiram para cima dos judeus, inclusive após o Holocausto, nos pogroms da Líbia em novembro de 1945 e de Aden, o Iemem, em dezembro de 1945.

A situação é tão complicada com a questão iraquiana, que mesmo depois destes anos todos sob ocupação americana e com um governo local, o Iraque continua em estado de guerra com Israel, pois jamais assinou o Armistício da Guerra de 1948, quando sete países árabes tentaram continuar com Holocausto nazista varrendo Israel do mapa e incitando seus soldados e paramilitares a matar todos os que encontrassem pela frente.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

1940 Carmem Miranda Bem Argentina


originally uploaded by paul.malon.