sexta-feira, 30 de abril de 2010

Hoax da arca de Noé e teoria da conspiração

Foi revelado que a "descoberta" da arca de Noé anunciada por um grupo de chineses cristãos era um hoax, boato ou mentira.

Aí eu ingenuamente fui dar uma olhada no monte Ararat no Google Earth e quem estiver interessado deve fazer a mesma coisa. "ararat, turkey"

OH!!! Borraram as nuvens sobre o monte com Photoshop e ainda numa cor creme para não haver dúvida de que não são as fotos das nuvens. Ou seja: não da para ver NADA da montanha inteira.

Aí precisamos perguntar? Qual é o motivo? Se olharmos as fotos de toda a região é meio estranho que havia uma concentração enorme de nuvens apenas sobre a montanha. Além disso sabemos que o Google refotografa áreas encobertas sempre que possível para aprimorar a resolução, remover as áreas cobertas com nuvens e corrigir seus mapas espetaculares.

Isso cheira à algo para ser escondido. Em anexo duas imagens de tela do Google Earth de hoje.

José Roitberg - jornalista

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quem são os Sefaradim e Ashkenazim (mudei pois a tripa estava muito longa)

Vou me meter e criar um pouco de confusão.

A definição histórica verdadeira de quem é sefaradi e quem é ashkenazi pouco importa no contexto político ou social atual. As duas definições são de momentos históricos muito diferentes e de pontos habitados pela comunidade judaica praticamente sem contato entre eles. Não tenha dúvida de que para um judeu do Pale do século 18 um judeu do Marrocos não era judeu, deveria ser um tipo de beduíno. De qualquer forma eles não tinham contato. Há fotos de judeus habitantes de Jerusalém de meados do século 19 e se vestem como todo os outros otomanos da região. Não eram árabes neste ponto...

Aliás, árabe não é etnia. Árabe é grupo linguístico. Vá alguém dizer para um árabe da Argélia que ele tem uma identidade comum ancestral com um árabe do Egito. Isso dá em guerra. Simplesmente não existe vínculo entre eles. Um libanês ou um sudanês ou um iemenita árabes não compartilham de origem étnica, social, antropológica, não compartilham nada a não ser a base linguística. Nem a religião é exatamente a mesma. Nem a culinária, nem as roupas.

Teoricamente não temos mais sefaradim originais. Quem pode dizer em que ponto a maior parte da Península Ibérica foi chamada de Sefarad? Na verdade, em hebraico até hoje e vem do hebraico medieval. Houve dois períodos de dominação moura (muçulmana) sobre praticamente toda a península. Mas quando chegaram lá pela primeira vez, no século 8, já havia cidades judaicas com cerca de mil anos por lá de gente que chegou antes dos romanos e antes dos gregos. Entre 611 dc e 712 dc os reis Visigodos católicos da Espanha primeiro tentaram a conversão forçadas dos judeus e no fim das contas tornaram os restantes escravos. Note que não há islã aqui ainda por que entre 624 e 628 dc Maomé aniquilou as tribos judaicas da "Arábia." Neste momento não houve expulsão de Sefarad e ninguém jamais ousou definir os judeus conversos a força neste período como marranos (convertidos na marra).

Depois da morte de Maomé, quando os muçulmanos começam a espalhar-se pela fé "submeta-se ou morra" (muçulmano significa em árabe submisso 'a deus') através dos califas se deparam com comunidades judaicas antigas no Norte da África e as deixam em paz. Portanto estes judeus norte africanos não são sefaradim, não vieram de Sefarad. Eles começam a ser perseguidos pelo Islã quando muda o sistema deles em 1147, mas "apenas" por uns 80 anos... Ao longo deste tempo todo, cerca de 500 anos evidentemente houve trocas de populações entre Norte da África e Sefarad embolando as etnias.

No estica e encolhe da dominação islâmica sobre a Europa muitos judeus voltaram com os muçulmanos nas fases de encolhe pois tinham o status de dhimi, que significava uma minoria religiosa protegida. Não tinham todos os direitos civis, não tinham direitos políticos (mas ninguém tinha...) durante vários períodos foram obrigados a usar roupas, chapéus, emblemas ou enfeites discriminatórios, mas não eram perseguidos como na Europa medieval e massacrados nas Cruzadas. Aí também se embola quem veio, por exemplo da França e da Bélgica para uma área árabe durante uma retração.

Depois na reação ao segundo império islâmico do século 15 com a Inquisição embutida, descobrimentos etc (o pau ainda estava comendo feio - muçulmanos também foram para as fogueiras).  Aí houve a segunda e definitiva expulsão de 1492. Se formos a ferro e fogo, todos os expulsos, espanhóis e portugueses eram de Sefarad. Mas foram para onde? Esta expulsão não foi rápida. O fluxo básico dessa expulsão, sem estar na ordem, foi Brasil, colônias espanholas na América, França, Itália, Iugoslávia (Balcãs), Bulgaria, Romênia, Grécia e Holanda. Portanto temos sefaradim de primeira geração e segunda expulsão basicamente nestes locais. Um dos elementos básicos da identificação dos descendentes espanhóis (apenas) são as comunidades que usam o ladino e não o yidish como até hoje na Grécia.

Nessa discussão toda que estamos tendo, alguém parou para pensar que grande parte da comunidade judaica holandesa é sefaradi? Sua principal e maior sinagoga, poupada pelos nazistas é a Sinagoga Portuguesa? E que Maurício de Nassau ao vir criar a colônia holandesa em Pernambuco traz judeus portugueses cidadãos holandeses que seriam perfeitos para se entender e ir a forra com as tropas portuguesas católicas no Brasil? E que esse grupo vai para os EUA e funda Nova Amsterdã (Nova Iorque)? Portanto fundada também por judeus portugueses e espanhóis de cidadania holandesa, logo sefaradim? E houve fluxo de imigração pesada holandesa judaica e não judaica para NA e outros pontos dos EUA? Então há um monte de descendentes destes sefaradim nos EUA? Agora, vai ver se alguém nos EUA não se acha ashkenazi...

E em relação aos franceses? Também há sefaradim e não sefaradim. Entre os sefaradim descendetes da expulsão de 1492 muitos vão para a Luisiania (Terra do Rei Luis) que era uma coisa imensa do Mississipi até as Montanhas Rochosas e era território francês até a época de Napoleão (é que também não se estuda no Brasil a formação dos EUA) No sul estadunidense não faltam sinagogas e comunidades sefaradim com nomes portugueses e espanhóis originais. A principal sinagoga de Nova Orleans, que sobreviveu ao Katrina é a Sinagoga Touro (uma das mais antigas dos EUA). Que nome estranho nos EUA? Fui fundada por um rabino de sobrenome Touro, português.

E quem são os não sefaradim franceses? São ashkenazim? Não são não! Da mesma forma que sefaradim são os originados em Sefarad, os ahskenazim vem de Ahskenaz! Ah, nunca ouviu falar deste lugar? Se você estudou em escola judaica volte lá e reclame pois este textinho básico jamais circulará em escola judaica alguma. Ahskenaz em hebraico medieval da Europa central era como se chamava a Alemanha... Oh... Então os ashkenazim deveriam ser descendentes de Alemães apenas... Sim. Lembre-se que os judeus estavam nos Estados Germânicos desde o Império Romano. Há sepulturas com mais de 1.000 anos em cemitérios judaicos alemães. É que a propaganda nazista foi tão eficiente em dizer que os judeus vieram de fora que até mesmo os judeus esquecem estes séculos de habitação germânica mesmo com todas as perseguições religiosas e massacres. Era uma comunidade antiga e muito relevante. O yidish vem de Ashkenaz.

Assim sendo, essa divisão do mundo judaico em Sefaradim versus Ashkenazim e eventualmente Mizrahim (Eretz Mizrahim - Egito para os árabes do Egito para a direita do mapa) não tem base histórica, base étnica ou vínculo com a realidade. Ela simplesmente ignora a imensa comunidade turca, persa, russa, inglesa etc. Não tenha dúvida de que sefaradi não tem "cara" bem como o sujeito não é ashkenazi por que é branco de olhos claros como todos os caucasianos, do Cáucaso e não da Inglaterra ou França ou Nova Iorque são.

Definir que os judeus europeus como um todo são ahskenazim é um erro terrível. Na formação do Pale no século 18 houve além da obrigatoriedade dos judeus russos se mudarem para lá, uma imigração generalizada de todos os pontos da Europa com fronteira para o Pale. Então vieram alemães, poloneses, húngaros, austríacos, búlgaros, romenos, iugoslavos e outros que já estavam lá como ucranianos, letônios, estônios etc. Entram aí os kazaros que já haviam subido pelo Cáucaso séculos antes. Então houve uma mistureba generalizada de sefaradim com ashkenazim com os que não eram nem uma coisa nem outra e no século 19 quando começam as grandes imigrações para a "América" vem todos como ashkenazim, ou seja, judeus da Europa Central, o termo aceito hoje.

Li em um dos comentários que haveria um "mito kazaro." Não é mito. É história e é registrada. O problema aqui foi a apropriação dos árabes e das esquerdas para desqualificar a conversão de geral de uma população criando aí sim o mito de que essa população e seus descendentes não seriam judeus portanto "os judeus ashkenazim não existiriam." Tem autor judeu comunista sefaradi que já colocou isso no papel desta forma. Mas isso também está na raíz do antissemitismo. Não há discussão sobre as conversões de populações inteiras ao cristianismo como o imperador Constantino fez com os romanos todos, ou feitas pelo Islã. Apenas a grande conversão em massa para o judaísmo é considerada inválida pelos grupos que pretendem deslegitimizar os judeus como "povo" ou como tendo alguma raíz ancestral comum. Por exemplo. Ninguém está desconsiderando as conversões em massa feitas nos últimos anos pela estranha Shavei Israel na Índia, na China e em outros lugares. Para os nazistas a conversão dos kazaros foi válida. Dentro da lei judaica temos claramente dois tipos de origem: familiar e conversão. Converteu, pronto: é judeu como todos os outros e pode dar origem a sua linhagem familiar. Não interessa se isso será feito amanhã, se foi nos ano 1960 ou se foi a 1.200 anos atrás.

Ora, Ora... Por que Europa Central e não apenas Europa? Porque os franceses não se incluíam neste grupo e os britânicos também não. E por que também não? Porque em ambos países os judeus eram emancipados, tinham direitos civis e políticos plenos e não havia "a questão judaica" para eles. Os imigrantes vieram das áreas onde não havia cidadania plena ou sequer cidadania e procuraram nos países da América a realização do sonho de apenas ser um cidadão como qualquer outro. Isso aconteceu paralelamente a criação do sionismo político que pretendia que estes judeus não se espalhassem pelos países onde poderiam ser cidadãos mas que tivessem seu próprio "Estado dos Judeus", onde teriam sua liberdade política plena PRIMEIRO, para em seguida ter sua liberdade religiosa plena e poder seguir as leis judaicas sem ser levantada outra "questão judaica." Isso foi realizado em Israel. Não nos moldes previstos por Hertzl, mas adaptando suas idéias à realidade.

Mas se fosse só isso estaria bom. Já se foi mais um ano da independência de Israel e é o único país no mundo que precisa justificar diariamente seu direito a existir. É o único país do mundo que recorrentemente é ameaçado de destruição total. É o único país do mundo que precisa de pessoas que o defendam diariamente em outros países. Nem os regimes mais espúrios como Cuba, Myanmar o recém criado Kosovo (nem sei se a independência valeu ou não) precisam se importar em se defender diariamente da mídia, de grupos de pressão e de racistas. Hertzl dizia que ao estarem todos os judeus em Israel (ou em qualquer outro lugar) o antissemitismo se tornaria um problema histórico para os outros países. Acho que estavam bem errado nisso. Sequer os grupos terroristas precisam se defender da mídia...

Mas também não é um texto destes que vai mudar nada porque as pessoas não querem que nada mude. Há toda uma série de mitos étnicos de origem. Aas pessoas preferem preservá-los pois cada um dos grupos em questão, sefaradim e ashkenazim, se julgam moralmente, religiosamente, culturalmente e gastronomicamente superior ao outro.

José Roitberg - jornalista

sábado, 17 de abril de 2010

Um papinho sobre Scuds

Existem modelos básicos e variações. Ele é um míssil balístico desenvolvido a partir da V2 alemã da WW2 pelos soviéticos. Barato, seguro e inicialmente uma porcaria. Os modelos A tinham alcance de apenas 180 km e uma precisão de 3.000, ou seja, podia cair a 3 km do alvo que estava dentro da especificação técnica. Eram armas, como a V2 para aterrorizar e atacar cidades, não alvos específicos. Com uma ogiva de 950 kg, pode receber explosivo (o equivalente a um daqueles imensos caminhões bomba) e ogivas químicas ou nucleares. No caso da nuclear já vimos que um erro de até 3 km tá de bom tamanho.

Balístico no caso é: se calcula, se aponta, se lança, ele queima o combustível na subida e cai desligado na descida.

O modelo atual, o D, tem alcance de 300 km e sua precisão agora é de apenas 50 metros, e o C para 600 km e 700 metros, ou seja, se não for interceptado vai acertar o alvo se for a versão D. Mas para isso precisa de equipe treinada e não é como vimos na guerra contra o Hezbollah, um foguete que pode ser montado sobre qualquer caminhão ou picape, sair da garagem, lançar e se esconder.

O Scud possui um imenso veículo lançador próprio (foto em anexo do modelo B o da Síria), junto com isso precisa de um caminhão de combustível pois é abastecido antes do lançamento na posição vertical (super visível) e uma unidade de direcionamento de tiro. É algo complexo. Leva algum tempo para entrar em posição e atirar. Depois do disparo o caminhão lançador deve ser localizado e destruído pela aviação inimiga. Não lança um segundo míssil se houver supremacia aérea inimiga.

Vendo o tamanho da unidade de lançamento é meio estranho imaginar que caminhões destes possam ir da Síria para os Hezbolaquistão sem serem detectados, fotografado e até mesmo atacados pela aviação israelense. Se conseguiram passar, as medidas de vigilância de Israel estão péssimas.

O primeiro uso militar do Scud foi em 1973 na Guerra do Yom Kippur quando o Egito lançou uns 6 contra Israel. De lá para cá, centenas de Scuds já foram utilizados em conflitos, até pelos soviéticos no Afegnistão com maior ou menor sucesso. O caso mais impressionante é o da pouco estudada ou lembrada Guerra Irã-Iraque dos anos 1980 com 1 milhão de mortos. Em 1985 o Irã lançou Scuds atingindo Bagdá e Kirkuk. De 29 de fevereiro a 20 de abril de 1988 o Iraque de Saddan Hussein lançou 189 Suds de desenvolvimento próprio (os mesmos que depois seriam lançados contra Israel) conseguindo resultados impressionantes: 135 atingiram Teerã, 23 in Qom, 22 em Isfarram e outros em outras cidades. Foram 2.000 mortos e 6.000 feridos em números incorretos (provavelmente foram mais) e um quarto dos 10 milhões de habitantes de Teerã fugiu da cidade. Em resposta o Irã acertou 77 Scuds norte-coreanos em Bagdá e o número de vítimas nunca foi revelado. Nenhum dos dois países tinha real capacidade de força aérea nesta altura do conflito.

Entre outubro de 1988 e fevereiro de 1992 os soviéticos lançaram cerca de 2.000 Scuds dentro do Afeganistão, que foi a maior concentração de foguetes balísticos desde a WW2 e é claro que você não ouviu nenhum grupo de esquerda reclamando deste massacre e abuso soviético...

Na Guerra do Golfo (1991) os EUA, Israel e Arábia Saudita usaram mísseis antiaérea Patriot americanos para deter os Scuds. Quem tem idade lembra de assistir os ataques noturnos ao vivo pela CNN.


39 Scuds foram lançados contra Israel - Tel Aviv e Haifa destruindo 3.300 casas e apartamentos. Duas pessoas morreram nas explosões, quatro morreram sufocadas pelas suas máscaras contra gás colocadas de forma errada e um número impressionante de 66 pessoas morreu de ataques cardíacos perto das áreas atingidas.

Alguns Scuds explodiram, alguns tiveram suas ogivas afetadas que cairam sem explodir ou com explosões parciais. Por sorte nenhuma ogiva era química ou nuclear, pois aí o impacto do Patriot não fará diferença. E as baterias de Patriot ainda estão em Israel. Se não for uma bela de uma camuflagem a última que vi foi voltando de Naharia para Haifa, entre a estrada e o mar, virada para o Líbano toda enferrujada... Mas de lá para cá houve uma melhoria significativa nos sistemas anti-mísseis. O problema é saber se estão sempre em prontidão - o que é muito complicado - pois o ataque, se houver, será inesperado.

Durante a Primeira Guerra do Golfo, as forças americanas cumpriram 2.500 missões de busca e destruição de Scuds por ar e terra, tendo conseguido destruir apenas um! Dezenas de unidades falsas (caminhões velhos, lona e madeira) imitando lançadores foram destruídos...

José Roitberg - jornalista


Na Arábia Saudita vidente é condenado - no Irã, dirigem a nação...

Sexo "ilícito" causa mais terremotos, diz aiatolá iraniano
17 de abril de 2010 10h50 atualizado às 11h11

O aumento de relações sexuais ilícitas é a causa do aumento dos terremotos, segundo o aiatolá Kazem Sedighi, imã das orações de sexta-feira em Teerã, citado neste sábado pelo jornal iraniano Aftab. "As catástrofes naturais são o resultado de nosso próprio comportamento", declarou Sedighi.

"Muitas mulheres mal vestidas" (que não respeitam a roupa islâmica) "corrompem os jovens, e o aumento das relações sexuais ilícitas faz crescer o número de terremotos", declarou. Os religiosos conservadores denunciam regularmente o desrespeito ao rígido código de vestimentas islâmico de parte das jovens iranianas, principalmente em Teerã e nas grandes cidades do país.

"Não temos outra opção a não ser nos conformarmos com as regras do Islã", afirmou o aiatolá Sedighi, lembrando as recentes declarações do presidente Mahmud Ahmadinejad que havia advertido para os riscos de um terremoto em Teerã.

Sedighi também afirmou que "um esforço coletivo é necessário" para solucionar os problemas da sociedade provocados pelo "aumento da idade do casamento e pelo número de divórcios".

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4386823-EI308,00-Sexo+ilicito+causa+mais+terremotos+diz+aiatola+iraniano.html


sábado, 10 de abril de 2010

Solidariedade ao povo Polonês

Apesar de todo o antissemitismo pré Segunda Guerra Mundial, foram os judeus da Polônia, que totalizavam 3,5 milhões de pessoas antes da guerra a população judaica dizimada em maior número. Como em todos os países ocupados pela Alemanha houve os que se aliaram e os que resistiram. Dentro destes dois grupos havia os que perseguiam judeus da resistência e os que ajudavam. Ajudaram como puderam. Alguns historiadores dizem que podia ter sido mais. Coisa que nunca se terá certeza.

Mas quando se fala do início "oficial" da Segunda Guerra Mundial se fala apenas da invasão alemã à Polônia e se deixa de lado a invasão soviética da Polônia já previamente e secretamente dividia no pacto Molotov de não agressão entre Alemanha e União Soviética, entre os dois grandes inimigos socialistas... E se os  alemães fuzilaram sumariamente os oficiais poloneses que se rendiam ou eram encontrados feridos para eliminar as lideranças de um país que iriam ocupar, os soviéticos os prenderam e depois os executaram na floresta de Katin de forma sistemática e tragicamente similar ao que ocorreria alguns meses depois aos judeus dos estados bálticos.

Por décadas de domínio comunista o Massacre de Katin foi atribuído aos nazistas, que sempre negaram este episódio, apesar de não negarem suas outras atrocidades e até terem orgulho do que fizeram. Apenas com a queda do regime comunista e a abertura dos arquivos da WW2 no Kremlin a cruel verdade veio a tona: as tropas invasoras soviéticas na Polônia receberam a ordem direta de também eliminar os oficiais poloneses. Este é um dos motivos da resistência polonesa ter tantos grupos, por vezes inimigos entre si, de não terem um comando. É porque não havia oficiais treinados para comandar os resistentes, ficando os cargos de liderança ou com ex-cabos e sargentos com ou pessoas sem nenhum tipo de treinamento.

O evento para onde ia todo o governo polonês, sua cúpula militar e acompanhantes (até o momento desta matéria a lista completa ainda não havia sido divulgada) era exatamente para o reconhecimento oficial e o pedido de desculpas formal do governo russo, pelo que seus antecessores soviéticos fizeram na Polônia de setembro de 1939 a agosto de 1941. Tragicamente a viagem foi em um avião Tupolev russo e um piloto que recusou as ordens da torre de comando acabou com a vida de todas na quarta tentativa de aterrissar em meio à neblina.

Este presidente, este governo, estas lideranças militares que foram consumidas nas cinzas, como 3,3 milhões de seus cidadãos judeus há 60 anos atrás, eram amigos, compreendiam e reconheciam o que realmente aconteceu. Foi devido a eles, principalmente ao presidente Lech Kaczynski que em 2007 o comando militar de Israel, soldados e oficiais puderam prestar uma homenagem oficial aos judeus mortos no campo de Auschwitz.

Foi devido a compreensão deste governo polonês desaparecido em instantes que a IAF - Força Aérea de Israel teve permissão (contando com a dos países que teve que cruzar também) para manobras de sobrevôo a baixa altura ao final da cerimônia, completando um ciclo: dos judeus pobres, espancados, agredidos humilhados, enforcados, fuzilados, aos pilotos dos F14 Tomcats; das judias, nossas avós e bizavós, das moças que poderiam ter sido nossas mães e avós, nuas, na neve aguardando a bala que lhes terminaria o sofrimento às militares honradas, lindas cantando na cerimônia que você pode ver no vídeo em anexo. O brigadeiro que comandou o grupo de três aviões é descendente de primeira geração de sobreviventes do Holocausto.

Na época os agradecimentos ao governo polonês foram pouco, pois nós sempre achamos que algumas coisas vão durar muito tempo. Agora os agradecimentos são póstumos.



José Roitberg - jornalista

terça-feira, 6 de abril de 2010

Árvore interdita Paulo Barreto com Voluntários da Pátria

Dentro do caos de Botafogo, comércio e escritórios fechados o dia inteiro. Ruas desertas sem carros estacionados. Poucos andando. Pontos de ônibus cheios de gente que não consegue sair do lugar.
 
Essa enorme árvore com mais de 50 anos foi arrancada pela raiz e despencou fechando a rua Paulo Barreto em Botafogo. PM e CETRio não estão nem aí para bloquear a rua e impedir que carros e caminhões tenham que voltar de ré.
 
Nem se sabe quantas árvores cairam no RJ. Mas a defesa civil já declarou - concordo, mas é enrolado - que são a última prioridade tamanha é a demanda para salvara vidas.
 
José Roitberg - jornalista

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sistemas de vigilância dos judeus são contra as leis internacionais

O principal fundo de pensão da Suécia retirou a empresa israelense Elbit de sua lista de investimentos e recomendações. A AP sueco foi o primeiro fundo de pensão do mundo, criado em 1913. A decisão do conselho de ética do AP segue-se à decisão semelhante tomada pela Noruega no final do ano passado. Ambas declaram que a Elbit, fornecedora de sistemas de vigilância para o muro-cerca de proteção em Israel e nos territórios, está em violando a lei internacional.

Evidentemente que poupar vidas judias não está agenda atual de Suécia e Noruega que preferem as constantes explosões de suicidas-homicidas palestinos em ônibus, bares e restaurantes em Israel que o muro e suas câmeras que impediram a continuação deste tipo de terror que levou a morte e ferimentos graves quase 10.000 israelenses.

Ah, entre os investimentos recomendados pelo AP estão a Saab, empresa sueca que não fabrica apenas carros e caminhões mas possui uma linha militar completa, incluindo o avião de combate Grippen que poderá ser comprado pelo Brasil e outras indústrias de armamentos européias e nórdicas.

Sistemas de vigilância para impedir a morte de judeus é violação das leis internacionais. Fábricas de armamentos de ataque não são... Bem aí estão as democracias sueca e norueguesa em ação.

O AP é um dos fundos que afundou até o pescoço na crise de 2008-2009 e está se recuperando lentamente.

José Roitberg - jornalista