segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Apocalipse 28-12, 2009 Revelação do Dia

Faz uns 10 anos que estava para ler O ANTICRISTO de Nietzsche. o livro onde ele se coloca de forma violentíssima contra os cristãos, favorável ao budismo e mostra um antissemitismo profundo, mas não se considera antissemita e ainda os critica. Vale a pena ler, é curto. Temos na lista todas as vertentes de religiosidade individual, menos Hareidim e mesmo de forma dolorosa o texto deve ser lido por qualquer um que pretenda entender a influência do pensamento de Nietzsche (escrito em 1888) sobre o ideário nazista de 40 anos depois. Você vai encontrar no texto várias fontes originais de pensamento que de certa forma explicam como se passa do convívio e vontade de exclusão dos judeus para o extermínio.

Não estou dizendo que o nazismo é baseado em Nietzsche, logo vindo aquele lugar comum do "Super Homem Nietzschiano" - isso é outro livro e fundamenta outras coisas. O ANTICRISTO (ele mesmo, o autor) julga de forma incisiva, contundente e até mesmo vergonhosa toda a vertente judaico-cristã-muçulmana, do ponto de vista de alguém que não acredita no Deus único. Deve ser lido. Para te uma ideia do caminho que o autor percorre, os cristãos são chamados de "super-judeus" herdando e aprimorando todas as "características nefastas dos judeus". Seus padres levam ao extremo as mesmas características dos rabinos. É um texto interessante e pouco discutido.

Nietzsche pinça citações dos Evangelhos para mostrar que não há nada menos "cristão" e que foge às palavras de Jesus do que os apóstolos e sucessores escreveram. Ao olhar para as definições do autor de como a religião e seu sistema clerical e de poder foram criadas e mantidas é muito simples olhar para fora e compreender melhor o que é uma teocracia islâmica atual, coisa que o alemão nunca viu.

O interesse ainda precisa ser maior entre nós, pois o autor está entre os texto banidos do ensino judaico com a pretensão de que judeus não tem que ler o Mein Kampf, não precisam conhecer o pensamento antissemita, não precisam conhecer os primeiros 400 ou 500 anos do cristianismo quando se deu a verdadeira primeira cisão monoteísta e muito menos devem ler evangelhos e o Corão. Imagine se algum judeu ler e estudar isso e resolver se converter? Que horror! Bah....

Mas hoje temos dois Apocalipses. O primeiro está dentro do meu conceito de traduções intencionalmente alienadoras e modificadoras. Para quem sabe hebraico pode até parecer bobagem, mas a maioria não sabe.

Torah.. O que significa a palavra? É a Bíblia (do latim que significa apenas "livro")? É "Velho Testamento"? Não, em hebraico significa "Lei". Portanto temos algumas traduções, as que as pessoas julgam estar erradas e vem como "Lei de Moisés". Na verdade é a Lei para nós, para os judeus. É mais ou menos como "O Apocalipse de João," incompreensível se não se souber que é apenas "A Revelação de João." Inclusive em um monte de bíblias católicas (quando não está excluído) e evangélicas, temos só "Apocalipse" como o último título, tirando João do contexto.

No latim antigo, antes da idade média os cristão a chamavam de Biblia Sacra, meramente Livro Sagrado. Muito depois com as traduções para as línguas anglo-saxônicas a coisa foi deturpada para Old e New Testemony, que literalmente é Velho e Novo TESTEMUNHO. Ora testemunho implica em que alguém viu e contou (o que não aconteceu). Mas na deturpação eclesiástica para português recebemos por aqui o Velho e o Novo TESTAMENTOS. Um testamento é algo deixado antes por alguém para que seus sucessores o recebam e o cumpram. O seja, de LEI para TESTAMENTO já há uma violação total da intenção original do texto.

A segunda revelação de hoje é mais curiosa. Galileu Galillei... Quem foi? Vc deve saber e não vou explicar. A Igreja sempre foi e é contra o conhecimento, até porque define que o conhecimento é o pecado original de Eva e Adão. Com o conhecimento não há salvação ou Paraíso. Perseguido por ser um homem de ciência numa era de trevas e logo ele dizendo que o Sol não era o centro do universo. Foi condenado a fogueira e depois perdoado.

Entendeu? É tão fácil jogar conceitos errados e as pessoas aceitarem... Galileu não viveu na Era das Trevas na Europa. Quando ele nasceu, a exploração do Brasil já tinha 56 anos... Seu grande livro foi escrito em 1632, quando foi preso pela Inquisição, julgado e condenado à prisão perpétua domiciliar, morrendo 10 anos depois. Na verdade criou telescópios melhores e sua grande heresia estava errada. Enquanto para Copérnico e a Igreja a Terra era o centro do universo, para Galileu, o Sol era centro do universo...

Um herói da humanidade. O pai da física moderna e da astronomia. Um nome a ser lembrado. Mas um nome que não pode ser dado. Sabe quantos "galileus" há na lista telefônica do RJ? Apenas 12. Vc já ouviu algum judeu chamado de Galileu? Se é personagem tão importante para a humanidade, porque seu nome praticamente se perdeu? É porque havia muito mais que ciência versus igreja, razão versus fé no caso de Galileu Galillei. Simplesmente porque Galileu, na Europa, durante uns 1.200 anos era uma designação também para Jesus... Jesus que veio da Galiléia, Jesus o Galileu. Mas isso não foi criado pela Igreja, foi criado pelos helenistas (gregos) em suas guerras dos século 4 contra Bizâncio, o berço dos primeiros 300 anos de cristianismo. Os helenistas chamavam os cristãos pejorativamente de galileus, mesmo que fossem todos nascidos há dezenas de gerações onde hoje é a Turquia, Líbano e partes da Síria e Irã. Quem era de lá, efetivamente nada tinha a ver com alguém que nasceu na Galiléia, mas cristãos eram galileus.

Acontece aí o mesmo que ocorre ao longo da história com todas as marcas de vergonha, como nossas estrelas amarelas (apenas a última delas) que há 65 anos éramos obrigados a usar para nos "marcarmos" judeus e depois de 1948 penduramos no pescoço para nos "afirmarmos" judeus. O "cristão galileu" venceu o helenismo e o pejorativo passou a ser marca de orgulho e ao longo de 1.200 anos muita gente mesmo recebeu o nome de Galileu já que não podia se dar o nome de Jesus, como no século 20 se tornou tão comum.

José Roitberg - jornalista

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Software gratuito igual ao Photoshop?

Para quem está acostumado com o Photoshop é complicado procurar um software semelhante ao Photoshop e gratuito. Também é inviável tentar comprar um Photoshop para usar em casa ou no seu trabalho (se não for da área gráfica). O preço é absurdamente alto e ele pode custar no Brasil o equivalente a dois computadores quadra core parrudos completos. É uma vergonha.

E mais vergonha ainda é o fato não poder comprar apenas o Photoshop e ser obrigado a pagar por uma enorme e pesada suite.

Mas pior que isso é não haver a possibilidade de um mercado para software usado. Estes fabricantes todos MULTIBILIONÁRIOS e que ficam atrás do pirata que vende por 10 reais seu produto com preço de loja de 5.000,00 - não tem o mínimo interesse em que possa haver a comercialização de software de segunda mão. Por exemplo. Alguém da área gráfica muda para a versão CS4 do PS. E aí? O que faz com a CS3 e talvez com a CS2, CS e outras anteriores pelas quais pagou uma fortuna?

As empresas de software não permitem que o "registro" do produto mude de mãos, mesmo que o usuário registrado não vá mais usar o programa. Se houvese um mercado de software usado certamente muitas pessoas prefeririam um original usado de uma ou duas gerações atrás a um pirata da geração atual.

Testei várias alternativas freeware ao Photoshop e confesso que me decepcionei muito. Até encontrar o Paint.NET, com versões para os Windows, Mac e Linux. Comecei a usar e achei uma porcaria. As correções de cor não eram precisas, não havia o hoje fundamental controle shadow/higlight e a seleção pela varinha mágica é deplorável.

Aí veio uma atualização para a versão atual, a 3.51.3610.35022 e o programa progrediu muito. A interface melhorou, a varinha mágica mudou mas as áreas que ela seleciona ainda são bem ruins em relação ao Photoshop. Ficava ainda o problema das correções de cor. Então percebi que havia uma mercado enorme para plugins gratuitos para o Paint.NET que se acessa de dentro do próprio programa. É necessário um rápido registro no forum deles para poder baixar os plugins.

Então, meu amigo, tudo mudou. Coisas de software livre. Baixe e instale Advanced Tools by LFC, rawreader_bin_0.9 (se vc usar fotos RAW na máquna digital) e o tanel_pluginpack_20091102.

Estes 3 pacotes mudam completamente o que o Paint.NET pode fazer e a capacidade de correção de cor, a velocidade e precisão com que ela é aplica é melhor que a do Photoshop CS3, última versão que usei.

Para corrigir fotos, cortar e alterar dimensões é excelente. Para selecionar áreas é muito ruim. Mas a maioria das pessoas precisa mesmo corrigir fotos.

Abs,
José Roitberg - jornalista

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ARROGÂNCIA E FALTA DE MEDIDA

Rubens Ricupero

TIVE UM choque ao ouvir de ex-colega da ONU que o Brasil começa a parecer arrogante no exterior. "Vocês não eram assim; agora se comportam às vezes com a petulância de novos-ricos!" Minha primeira reação foi descartar a observação como fruto de algum episódio isolado. E se for verdade, pensei depois? Meu amigo é dos mais argutos analistas internacionais e seus exemplos me abalaram a tranquilidade. Na raiz dessa percepção, está a irritação crescente com o protagonismo excessivo do nosso presidente, a frenética e incessante busca dos holofotes, a tendência de meter-se em tudo, com boas razões ou sem nenhuma. Acaba por irritar outros presidentes, que se cansam de servir de figurantes ao brilho de nossa liderança. Chega a hora em que os demais não aparecem para a festa, como sucedeu na recente reunião de presidentes amazônicos em Manaus. Veja-se o contraste com a sobriedade e o realismo da China. Na recente visita de Barack Obama, o primeiro-ministro Wen Jiabao lhe disse, segundo a agência oficial, que "a China discorda da ideia de um G2, pois ainda é um país em desenvolvimento e precisa manter a mente sóbria". Lamenta, mas não pode ajudar a resolver os problemas do Oriente Médio, do Afeganistão ou de outros lugares porque está muito ocupada em solucionar os próprios. Imagine como teríamos reagido se a oferta do G2 tivesse sido feita a nós? O pragmatismo dos chineses significa que eles reservam os meios que possuem (bem superiores aos nossos) para o essencial: o comércio, a tecnologia, as ameaças do entorno asiático onde podem ser decisivos. A diferença em relação à política externa do Brasil revela muito sobre eles e sobre nós. Queremos ser mediadores no Oriente Médio e em Honduras, onde nossa influência é quase zero, enquanto a Unasul, que fundamos, completa um ano sem conseguir eleger o secretário-geral (Néstor Kirchner é vetado pelo Uruguai) nem encaminhar os conflitos que se multiplicam entre os membros. O erro não é querer ter um papel útil, mas fazê-lo de modo desastrado, sem medida nem coerência. A mesma diplomacia que não suja as mãos em contatos com o governo de fato hondurenho abraça o sinistro presidente iraniano, indiferente à negação do Holocausto, à fraude eleitoral, às torturas e condenações à morte de opositores. Nosso "timing" não é melhor do que nossa consistência. Recebemos Mahmoud Ahmadinejad na véspera de sua condenação pela Agência Internacional de Energia Atômica com os votos da China e da Rússia. Provavelmente amaciado pelos bons conselhos do Brasil, ele anunciou que vai construir mais dez usinas de urânio. Somos candidatos a posto permanente no Conselho de Segurança, mas assinamos oito acordos com país que está sob sanções do Conselho! Não nos faria mal escolher com mais cuidado os amigos e as causas que patrocinamos. Tampouco perderíamos se deixássemos algum espaço para os que já nos olham com receio devido a nosso tamanho incômodo e potencial futuro. Ao conseguir convencer o secretário de Estado dos Estados Unidos a vir ao Rio de Janeiro para a conferência interamericana de 1906, Rio Branco insistiu para que visitasse também Montevidéu, Buenos Aires e Santiago, "a fim de dissipar ciúmes e prevenções, afagando o amor próprio" dos hispano-americanos. Ele sabia que "a inveja é a sombra da glória", verdade que parece termos esquecido.


RUBENS RICUPERO, 72, diretor da Faculdade de Economia da Faap e do Instituto Fernand Braudel de São Paulo, foi secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) e ministro da Fazenda (governo Itamar Franco).



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ataques racistas "arianos" na UERJ

Data: Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009, 21:42

 

ATO EM LEGÍTIMA DEFESA

 

Àquelas e Àqueles que aguardavam, o tempo chegou: Ato em Legítima Defesa a favor da equidade racial e repúdio as agressões raciais ocorridas na UERJ e no em torno.

No horário de Brasília às 17horas terça feira dia 15 de dezembro de 2009.

                                                     No Hall do Queijo

 Em menos de uma semana agressões racistas ocorreram nesta Universidade. No sábado dia 05 de dezembro de 2009 a Negra estudante do serviço social foi agredida por aluno branco do IME – UERJ que a xingou de Chimpanzé e na última sexta feira dia 11 de dezembro, 3 alunos brancos  do curso de FILOSOFIA  - UERJ  depredaram a sala Abdias Nascimento, sede coletivo Denegrir, a chutes, seguidos gritos ofenderam todas e todos as negras e os negros com as seguintes palavras: " COTISTAS DE MERDA!, PODER ARIANO, PODER BRANCO, SOMOS BRANCOS POR ISSO SOMOS SUPERIORES E DOMINAMOS TUDO e pichações racistas onde afirma no banheiro feminino: "MULHERES NEGRAS SÓ PODEM TER 3 FILHOS POR QUE O 4º É FORMAÇÃO DE QUADRILHA".

NÃO PODEMOS DEIXAR ISSO PASSAR EM BRANCO.

 

 DeNegrir
Coletivo de Estudantes Negros/as da UERJ.
http://br.groups. yahoo.com/ group/denegrir_ uerj2005/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Coca-Cola e Tom Jobim - anúncio de 1988

Ontem foi aniversário do Tom Jobim e nas matérias imbecilmente anôminas a Globo disse que ele teve problemas quando uma de seus músicas foi usada por uma marca de refrigerantes em uma campanha publicitária.

Bem, o anúncio está aqui, de 1988 e a campanha da Coca-Cola "Is It" foi mundial e uma das mais bem sucedidas da história da marca.

Tom ficou marcado como "americanizado" e execreado pela esquerda festiva brasileira. Gozado é que ninguém disse que a Coca ficou abrasileirada...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sou pago pelo Irã para fomentar o antissemitismo

Essa declaração inimaginável foi dada pelo comediante francês
Dieudonne M'bala M'bala (à direita na foto). Ele disse que recebe
pagamentos do Irã para levar adiante uma luta cultural contra o
sionismo. Ele mesmo sempre se declarou anti-semita e na semana passada
se encontrou com Ahmadinejad em Teerã.

"Nós recebemos uma boa quantia que nos permite produzir filmes numa
escala semelhante a Hollywood que age como um braço cultural do
sionismo", declarou Dieudone durante uma coletiva de imprensa no
teatro Golden Hand em Paris. Na mesma ocasião ele disse que pretende
produzir dois filmes sobre a escravidão e a guerra da Argélia para
mostrar uma "visão alternativa dos negros diferente da mostrada por
Spielberg."

Dieudonne, 43 anos, nascido nos Camarões tem sido acusado
repetidamente por declarações antissemitas em tribunais franceses e
define a "memória do Holocausto como pornograifa." Ele também é
fundador de um partido polítco francês antissionista.

Os dados desta matéria são da agência AFP que reportou que a
conferência de imprensa foi tensa, os jornalistas tiveram que passar
por revista corporal.

Questionado sobre as manifestações contra Ahmadinejad após a última
eleição iraniana, o Dieudonne disse simplesmente que "ela são um eco
da propaganda sionista." Quer dizer: não há oposição no Irã, ninguém
foi às ruas, ninguém foi morto, a agonia filmada dos últimos instantes
de vida daquela menina de 16 anos não existiu: não passam de
propaganda sionista da mídia mundial controlada pelos judeus.

Até quando vamos tolerar este tipo de gente achando que a existência
de leis exerce alguma proteção dos judeus?

Você vê pela primeira vez no Brasil os cartazes do partido
antissionista que disputou as eleições para o Parlamento da União
Européia este ano, porque a mídia institucional judaica não estava a
fim de mostrar isso para você, de tão agressivo que é. Note as roupas
e no cartaz vertical a presença de um dos rabinos anti-Israel do
Naturei Karta, dando seu aval antissemita.

por José Roitberg - jornalista

Airbus da Tam decola errado


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Na época do caos aéreo, esse ponte aérea Rio-São Paulo, decolou desta forma do aeroporto Santos Dumnont (RJ). É de arrepiar...

Quantas Dúzia vai levá doná...


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Numa lojinha de imãs no centro da cidade (RJ)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Macacos geram onda antissemita em Porto Rico

Muitas vezes me incomoda demais quando os antissemitas nos acusam de
enxergar antissemitismo emsuas atitudes "honestas", mas o que está
acontecendo em Porto Rico é mais um afloramento do pensamento racista
tradicional contra os judeus.

No dia 30 de novembro um (apenas um) ativista contra a instalação de
um local para acasalamento e criação de filhotes de macacos na ilha
recebeu espaço nos jornais que injetaram o antissemitismo na
população. Robert Brito, declarou e foi publicado, que "um empresa
israelense esta desenvolvendo a instalação como parte de uma campanha
de descriminação étnica e genocídio contra a população da ilha".

Este safado do Robert Brito, com apoio de jornalistas e donos de
jornais racistas e safados conclamaram a um boicote contra
comerciantes judeus e sinagogas, não só em Porto Rico, como em todos
os Estados Unidos, num esforço para impedir a criação da instalação.
Até o momento, não há relatos de boicote ou incidente.

O fato é mais grave por não se tratar de uma nação independente, mas
de um Estado que faz parte dos Estados Unidos onde a linha da
liberdade de expressão e do racismo simples e puro foi atropelada por
este sujeito e pelos jornais Primera Hora e Daily Sun.

O antissemitismo de Robert Brito é tão profundo que nas matérias ele
culpa "interesses econômicos judeus" por incidentes ambientais
anteriores como o incêndio em uma refinaria de petróleo. "A invenção
de trazer esta instalação para macacos selvagens de Israel para Guayam
constitui um discriminação étnica contra os portorriquenhos que vivem
em Guayama.

A empresa responsável pelo projeto é a Bioculture Ltd criada em 1984,
com  instalações em 19 países, cumpriu todos os trâmites exigidos para
sua instalação em Porto Rico e sua base na nas Ilhas Maurício, na
África e não em Israel.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Apple Nazista? Ou Apple Burra?

Há uma verdadeira guerra para incluir na loja oficial Apple Store um aplicativo que possa ser baixado pelo iTunes para iPhone. Recentemente a Apple Store recusou a entrada de um Guia Para iPhone, algo para ensinar as pessoas a usar melhor o aparelho.

No início de novembro a Apple Store aprovou nada menos que a versão em espanhol no Mein Kampf, Minha Luta de Hitler, com tela de abertura com suástica e tudo (veja na imagem retirada do site oficial de vendas).

O livro completo em espanhol pode ser baixado para o telefone por apenas 1.99 e tem "dono", é o tal de Ricardo Reyes.

Agora, a Apple enche o saco de todo mundo com a questão de direitos autorais mas não vê problema em vender abertamente o Mi Lucha que viola os direitos autorais, atualmente em poder do Estado da Bavária na Alemanha, que por sua vez, novamente, usando um termo bem correto para o assunto, caga e anda para quem publica o Mein Kampf sem autorização.

Para ficar bem claro, o Estado da Bavária nunca deu autorização de publicação para ninguém. O Mein Kampf está protegido pelas leis internacionais de direitos autorais, mas o Estado da Bavária é permissivo e não processa ninguém, o que praticamente libera para qualquer racista de plantão não só publicação do livro, como torná-lo uma fonte de renda pessoal, como no caos de Reyes.

José Roitberg - jornalista

CAMION ZERO Argentina


originally uploaded by LAS COSITAS DE GIGITA.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Zepelin sobrevoa Jerusalem

Fotos pouco conhecidas que encontrei no arquivo da Colonia Americana em Jerusalém tirada em 11 de abril de 1931, mostra o Graf Zepelin,  sobrevoando Jerusalém. Neste dia aconteceu um passeio e a aeronave saiu do Cairo foi até Jerusalém, não pousou e voltou. As fotos foram tirada na cidade velha e pode-se ver perfeitamente a Torre de David logo abaixo da aeronave na primeira foto.

Se você está procurando a suástica na cauda e não achou lembre que estamos falando de 1931, quando o Partido Nazista ainda não havia assumido o controle da Alemanha e trocado seus símbolos nacionais. Houve alguns vôos para o Cairo desde 1929. E se vc acho que isso era longe, lembre que o Rio de Janeiro era linha regular e que o único hangar do Zepelin que restou está aqui, na Base aérea de Santa Cruz (foto colorida)

Deve ter sido um passeio fantástico sobrevoando as pirâmides, o Sinai, o Neguev...

The Coke Aside of Life


Guilat, não o esquecemos!



Foto tirada na Diezengov em fevereiro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Muçulmanos do RJ contra Ahmadinejad

Uma pequena foto no Nosso Jornal Rio digital de agora a pouco chamou a atenção para a presença OFICIAL da Sociedade Beneficente Islâmica do Rio de Janeiro na manifestação contra o líder muçulmano iraniano Ahmadinejad.

NENHUM jornal deu! NENHUMA TV deu! Estiveram lá! Mas não tem a coragem de exercer a liberdade de expressão em nosso próprio país e mostra uma prova cabal e definitiva de que os muçulmanos NÃO APÓIAM Ahmadinejad, muito pelo contrário.

Infelizmente, nem mesmo os organizadores do evento perceberam a importância da presença destas pessoas e se concentraram em torno dos representantes de religiões de matriz africana e não dos muçulmanos, espetacularmente mais significativos neste momento, para que não saia, como saiu, nos comentários racistas no portal do Globo e outro que apenas "judeus além de negros e gays enganados ou pagos pelos judeus" estiveram lá para protestar.

José Roitberg - jornalista

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mídia árabe diz que Nasrallah critica Ajad, mas expert diz que quem manda é Qassim...

No dia 15 eu escrevi sobre as fracas e impossíveis relações do Irã com o mundo árabe. Hoje, a Alarabiya relata em uma matéria, citando fontes iranianas queo Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah no Líbano está criticando Ahmadinejad "pelas suas fracas relações com os países árabes." Mas preste atenção na resposta oficial abaixo.

O Dr. Ali Norizadeh, expert em assuntos iranianos residente em Londres, negou que haja qualquer tensão apontando a presença de uma delegação militar do Hezbollah do Líbano em Teerã, sua cooperação com as Forças Al-Qus (Jerusalém) da Guarda Revolucionária Islâmica e com as Brigadas da Eritréa (ali nas imediações do Sudão) no treinamento dos rebeldes Houthi no Iemem. Leia de novo com atenção!

Esses Houthi, são os mesmos que acusaram a Arábia Saudita de estar usando bombas incendiárias e de fósforo branco contra seus redutos no Iemem.

E continue com atenção: o Dr. Ali Norizadeh disse que Na'im Qassim, o atual líder espiritual do Hamas é quem dita a política do Hezbollah e não mais Nasrallah. Isso foi publicado na mídia árabe! No dia 17.

Enquanto isso o aiatolá iraniano Makarem Shirazi criticou o mufti (líder máximo islâmico) saudita e diversos outros clérigos sauditas por terem publicado uma fatwa (lei religiosa) contra os Houthis xiitas do Iemem. Shirazi conclamou todos os muçulmanos a protestarem contra os crimes sauditas contra os xiitas...

José Roitberg - jornalista

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Armadinejad seja bem vindo ao Brasil

Carta aberta ao presidente do Irã.

Tenho a certeza de que será uma das piores viagens oficiais de sua vida.

Vai encontrar aqui um país cristão, coisa que abomina. Vai ter que se encontrar com políticos e empresários que usam gravatas, acessório proibido pelo código de vestimentas (lei no Irã) porque na visão xiita a gravata simboliza uma cruz em torno do pescoço dos homens. E verá mais de 5 cores de ternos, outra coisa também proibida no Irã.

Espero que passe por nossas praias e não fique olhando para o chão do carro, pois precisa se confrontar com a liberdade ocidental de expor o corpo humano vivo e não os cadáveres. Precisará se controlar para não dar uma olhadinha em nossas beldades desnudas não só nas praias, mas com vestidinhos de Geisy por todos os cantos. Imagine o que é isso para alguém que defende a burka? É o próprio Faya, o Inferno muçulmano.

Mas seja bem vindo aqui Ahmadinejad. Espero que se encontre com o presidente Lula em seu gabinete, veja a Bíblia sobre a mesa, veja a mezuza na porta ao lado na sala da Clara Ant. E pense muito bem no que fazer: apertar a mão de uma judia comunista de rosto descoberto e tornozelos de fora? Que dilema teológico...

Mas seja bem vindo Ahmadinejad. Depois de se esquivar da Clara Ant, que como assessora pode até ser posta de lado, mas aí resta o Marco Aurélio Garcia, que deixa a Clara no ponto mais a direita da esquerda com sua mente sovietizada e cubanizada. Ih Ahamdinejad: você acabou com os comunistas no Irã. O que vai dizer aos nossos aqui (alguns deles o defendem hein...), a maioria, muito mais neo-liberal que de esquerda, mas não tem saída: neo-liberalismo também não é sua praia. E depois de se esquivar de um, sempre virá outro: uma grande lista de judeus e esquerdistas de fato no poder. Não são brinquedinhos buchechudos como na Venezuela. Aqui a esquerda é de raiz!

Mas seja bem vindo Ahmadinejad. Venha ver um país de 190 milhões de pessoas de todas as origens e religiões que não se matam e não disputam o poder para matar as outras, se é que isso faz algum sentido para você. Pergunte como se faz uma eleição sem fraude.

Tem umas coisas aqui que você precisava conhecer para ampliar seus horizontes mas não vai rolar. Não vai ao Corcovado. Não vai ao Pão de Açúcar, não vai dar uma volta no Saara no Rio ou na 25 de Março em São Paulo. Não vai ter uma almoço fechado no Porcão, até porque você, como muçulmano, come kosher também. Aliás, se quiser levar um salame antes voltar, passe aqui na Bolivar 45. Dá até para parar o carro na baia de descarga e tomar um café: eu pago! Aproveite para ver o que nossos vizinhos cristãos iraquianos pensam de você. Posso até marcar com uns amigos bahais. É! Tem bahais no Brasil também, religião que os xiitas escorraçaram da Pérsia e depois do Irã, tendo que se refugiar em Haifa, ainda no domínio Otomano. Ih, esqueci: tem turco para caramba aqui no Brasil. Tem libanês cristão para todos os lados. Mais libaneses e descendentes de libaneses que no próprio Líbano.

Aqui é um lugar interessante para você conhecer, pena que vai ficar acossado entre a mídia e a política e não verá nosso povo.

Pessoalmente não tenho nada contra você. Não fico nem um pouco impressionado com mais um líder muçulmano dizendo que vai varrer Israel do mapa. Pode tentar. Em 1948 quando eram fortes e os judeus fracos, não conseguiram. Depois Nasser tinha o seu discurso. Depois Sadat tinha o seu discurso. Depois Shuqueiri e Arafat tinham o seu discurso. Depois Assad (pai) tinha seu discurso. Depois Saddam, seu inimigo mortal tinha o seu discurso. Você é professor. A história lhe interessa. Olhe para trás e veja onde estão e o que conseguiram. Pelo menos podia ser original em seu discurso.

Nem seus arroubos de negação do Holcausto a cada vez que o petróleo está baixo me incomodam. Você é o presidente, mas não é o poder. Você não me preocupa e nem sei o quanto dos coisas que faz ou diz são realmente suas ou você é apenas o porta voz da junta teológica que domina os persas.

Não é aqui no Brasil que alguém vai te lembrar que é dirigente do único país xiita entre outros 53 países sunitas e que maios ou menos 1 bilhão de muçulmanos não vão com a sua cara enquanto só uns 13 milhões de judeus tem algo contra você. Isso não vão te dizer aqui. Não vão dizer que o Irã tem relações diplomáticas com menos países islâmicos que Israel. E ninguém vai chegar até você numa entrevista e perguntar: "Presidente, para que essa bobagem de dizer que Israel tem que ser varrido do mapa? Seu obejtivo não é triunfar onde seus antepassados xiitas fracassaram e retomar Meca? Abrir Meca para os persas e varrer o domínio árabe sobre o Islã no Golfo?"  Não é essa a agenda verdadeira iraniana verdadeira? Vcs também seguem Sun Tzu não seguem? Faça o inimigo achar que vc está longe quando está perto...

Sei que você pode jogar a Bomba sobre Israel pois são apenas judeus, cristãos, bahais e sunitas por lá. Todos infiéis na visão. Mas você acredita que Israel tem 300 Bombas. Um monte de gente acredita. É blefe? É real? Mas a família real saudita não tem nenhuma né? Será que alguém ataca você se a Bomba cair em Ryad e não em Jerusalém? Pessoalmente, acho que não. Mas se eu fosse você ficaria com o pé atrás e mandava investigar a fundo todo mundo que está em seu programa nuclear. Você acreditaria se eu disse que algum dos cientistas paquistaneses pode ser um agente taliban da Al Qaeda, sua inimiga mortal, pronto para fazer um ataque suicida nuclear em suas instalações? Vocês são persas. São inteligentes. Sabem quem são seus reais inimigos. Sabem que sempre foram os árabes, os sunitas e agora os talibans. Depois de 10 anos de guerra com os sunitas iraquianos seus aiatolás quase atacaram o Afeganistão sob domínio taliban por 3 vezes. Só não fizeram porque foram um pouco mais espertos e deixaram os ocidentais se ferrarem por lá, como os soviéticos, sem conseguir resolver nada.

Mas seja bem vindo. Venha e ouça o que precisa ouvir! Venha e ouça o que precisa ser dito. Vai ser insuportável para você. Assine um contrato para uma área do pré-sal pois seu petróleo está acabando e você sabe disso melhor que ninguém.

E tenha uma certeza caro presidente: Israel não vai construir o segundo Yad Vashem, o segundo Museu do Holocausto. Mas se o Irã realmente enveredar pelo caminho da chantagem atômica, vocês poderão acabar tendo que construir o seu primeiro museu....

José Roitberg - jornalista

Hackers expõe vida privada de negador do Holocausto

Por esta o safado negador do Holocausto, o inglês David Irving, condenado à 3 anos de prisão na Áustria em 2006 (não cumpridos), não esperava. Um grupo de hackers que se identificou como "Hackers Antifacistas", invadiu o site e as contas de email pessoal do detrator e mentiroso.

O grupo divulgou na internet, os logins e senhas, números de contas de banco, uma grande lista de emails enviados e recebidos, incluindo aí as pessoas que os enviaram ou receberam e ainda os nomes, números de contas de banco e cartões de crédito de pessoas que compararam do autor material de revisionismo mentiroso do Holocausto ou fizeram doações a ele. Também foram divulgadas as listas de pessoas que compraram ingresso para sua "turnê" de palestras pelos EUA. Ao lado de nomes que podem ser judeus ou não, havia nos arquivos a palavra "Achtung" - atenção, em alemão.

Pode ficar com cara feia aí embaixo, mas liberdade de expressão e informação é para todos os lados. Como não dou ponto sem nó, o ataque completo, todos os dados podem ser concontrados em http://www.zone-h.org/mirror/id/9873168 - Aliás, sugiro que vc copie e cole no Bloco de Notas e guarde porque isso precisa ficar voltando para a Internet cada vez que for retirado, igualzinho esses porcos fazem com as listas "Judeus no Brasil", Judeus Daqui ou Judeus Dali. Agora temos uma "Nazis de Irving..."

david_irving

Os dados foram postados na sexta-feria no WikiLeaks antes da palestra de sábado de Irving na Catholic Kolping Society of America em Nova Iorque, que cancelou o evento devido ao vazamento. Numa nota esfarrapada, a CKSA disse que seu salão foi alugado por alguém chamado "Michael Singer" (nome judaico...) para fazer a leitura de um livro. Os locais dos aparecimentos de Irving costumam ser mantidos em sigilo até o último momento.

Para sermos honestos com esse sujeito, precisamos lembrar que é um historiador da Segunda Guerra Mundial e durante anos teve uma carreira respeitável até abraçar a causa racista. Eu mesmo possuo em DVD um dos seus documentário da época "racional", a história de Hitler, onde Irving, nem por um momento foge do tema Holocausto, Grupos de Ação (Eiznsatsgrupen), campos de concentração e extermínio, massacres de prisioneiros soviéticos etc. Até me espantei quando li o nome do autor nos créditos finais. Quer dizer: ele nega até mesmo oque ele disse, produziu e vendeu...

Como não podia deixar de ser, Irving culpou os judeus pelo ataque, mais especificamente a Jewish Defense Organization (fundada há décadas pelo assassinado rabino Meir Kahane nos EUA). Em comunicado oficial a JDO aplaudiu os autores e aqui vão mais uns aplausos e negou o envolvimento.

José Roitberg - jornalista

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uniban mostra como judeus foram atacados nas ruas.

Creio que todos acompanham o caso Uniban X Geisy. O que mais me chama a atenção é termos uma prova gravada, divulgada, entrevistada, publicada, nota oficial paga pela Uniban no jornal justificando a expulsão da aluna e no dia seguinte voltando atrás, mas na disso é realmente relevante para mim. Se fosse uma aluna negra, seria racismo tipificado. Mas é uma aluna branca, morena com cabelo pintado de loiro, bem fora do que se espera do racismo tradicional. Mas foi racismo e como tal devia ser tratado. Se fosse um judeu. Se fosse um muçulmano. Se fosse um evangélico. Se fosse qualquer minoria... Seria racismos tipificado. Não se espera a maioria excluindo alguém da maioria e as autoridades muito tímidas evitam apontar o dedo e pedir a prisão do reitor da Uniban, único responsável, pois é o responsável por tudo o que ocorre lá.

Pelo que se sabe a Uniban não possui norma de conduta de vestuário, portanto Geisy não fez nada demais. Nem bonita, nem gostosa, gosta de chamar a atenção. Isso é normal. Me recordo de meus tempos da ECO-UFRJ. O que mais queríamos é que as colegas viessem com saias cada vez mais curtas. Elas gostavam curtiam e vinham.

Nenhum homem criado no Brasil sai gritando "puta" para uma mulher, pior ainda para uma colega de sala ou escola, porque ela se veste de forma ousada. Não há código de vestimenta no Brasil, como há no Irã, nem polícia dos costumes. Não é normal que um cidadão brasileiro e pior ainda, um grupo enorme saia em ataque á sainha de uma mulher por qualquer componente social ou econômico.

Tal intolerância imbecil só pode vir de um ambiente religioso. E como sabemos que a Uniban não é judaica, não é muçulmana e não é de matriz africana, restam católicos e evangélicos, sendo que alguns grupos de ambos os segmentos possuem fortes regras de vestimenta, como possuem judeus e muçulmanos ortodoxos. Mas a regra a para membros do grupo e para locais de culto do grupo e não para a rua ou locais públicos. Todos os agressores deveriam ter sido autuados em flagrante e identificados para se investigar com profundidade a motivação.

A impressão é de que viram "o demônio louro" em suas dependências e foram expulsá-lo.

Pobre da Geisy, mal assessorada que deveria ter prestado queixa e processado a Uniban antes de sua expulsão revertida. E se eu fosse ela, aumentaria o grau do processo, pois ao reverter a expulsão a Uniban assina uma confissão de culpa e violação, após ter gasto seu dinheiro pagando notas em diversos jornais para  mostrar sua moral sem educação, seu corpo indecente e não docente, apoiando a reitoria. Aliás, vários professores apoiaram abertamente em entrevistas em rádio, tv e jornais. Há algo de fundamentalmente errado nesta Uniban e já fico imaginando o que se fala em suas aulas de história e política.

A mantenedora da Uniban é a Academia Paulista Anchieta S/C Ltda sobre a qual só surgem índices na web e nenhuma informação do que seja e a quem pertença. Vou procurar com mais calma.

Mas o caso da Geisy e pior ainda da outra estudante que teve seu carro parado atacado, arrancada do carro e espancada barbaramente, para ser morta mesmo, numa greve neste ano na mesma universidades apontam para o que vimos no Holocausto e que as pessoas escrevem livros e livros para tentar explicar.

De um momento para outro, a massa enfurecida ataca barbaramente um desconhecido em seu meio. Mas não houve propaganda contra as duas meninas. Não houve anos de formação de preconceito. E a violência foi igual. Que diferença teve a estudante de educação física espancada no acesso a universidade e um moça judia caçada pelas ruas da Polônia por seus vizinhos? Que diferença teve a Geisy, em relação as alunas judias expulsas das escolas alemãs nos 1930? nO cerna da questão não há diferença e nos mostra que este tipo de atitude onde massas atacam indivíduos e um número maior de pessoas assiste passivamente ou pior, grava para colocar no YouTube e apenas uma ou outra pessoa tem a coragem - e seus nomes não foram apontados para serem elogiados - de salvar as duas meninas agredidas. para as judias a 60 e 70 anos atrás não havia salvação.

E como no nazismo os principais perpretadores, os principais oficiais e comandantes tinham nível intelectual e educacional elevadíssimo e entre estes se encontram os maiores carrascos, tanto dando ordens como executando ordens. O discernimento superior implica numa violência superior, num preconceito superior e numa indiferença superior ao sofrimento de inferiores como "a diaba loura" e a estudante de educação física que precisava ir cuidar da filha doente em casa e quase perdeu a vida física, pois a psicológica foi-se.

Esta Uniban precisa ser investigada até o cerne. Até o centro. Se um reitor em Brasília foi afastado por usar dinheiro este precisa ser demitido pela falta de caráter e da compreensão do que é o ser humano. Lembrem que no caso da aluna barbaramente espancada ele disse na maior cara de pau que só podiam ser pessoas de fora da Uniban que usam os bares no entorno. Ou seja: um cretino completo.

José Roitberg - jornalista

sábado, 7 de novembro de 2009

Eu, meu cachoro e uma borboleta monarca


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A Vírgula - 100 Anos da ABI

Arco Iris Duplo em Caxias, Rio de Janeiro


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Se quiser ser fotógrafo, sempre carregue uma câmera, pois nunca se sabe o que vai surgir pela frente, ou pelo lado. Essa foi dirigindo, a 80 por hora. Essa nikonzinha P50 é a melhor máquina que já tive...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Obama vence o Nobel da Paz contra 204 concorrentes !!! Mas por que?

É um BBB rápido que sempre acompanho. Ao serem anunciados, ficamos sabendo de feitos tecnológicos e da medicina que sequer sabíamos ter existido. Este ano, desde o primeiro anúncio fiquei com minhas orelhas em pé. Não as de burro...

Um atrás do outro surgiram nomes autores de feitos espetaculares, nomeados na época deles e simplesmente desprezados e esquecidos. Note que a maioria desenvolveu coisas nos anos 1960 que definem nossa vida hoje. Eram pessoas só 50 anos a frente do resto da humanidade e os julgadores do prêmio acharam bobagem na época e fizeram justiça agora. Ainda bem que todos os estão vivos e espero que recebendo royaltes pelas suas incríveis descobertas e projetos.

Mas aí temos um problema: nada se fez nestes últimos dois anos digno de nota? Que coisa...

Mas aí temos uma surpresa: Obama Nobel da Paz... Que sejam condescendentes comigo e apliquem a sua apregoada liberdade de imprensa e não me neguem o visto americano se eu vier a pedir, mas o que ele fez? Venceu uma eleição presidencial, prometeu um monte de coisas que não conseguiu cumprir ainda, não aderiu ao Protocolo de Kioto, mantém corretamente (em minha honesta opinião) a pressão sobre Iraque, Afeganistão, Al-Qaeda e Irã. Só discordo com o embargo a Cuba que ele mantém sem entender que Cuba é mercado e fonte de etanol e para acabar com o regime fidel ao ditador comunista, basta terminar o embargo que o capitalismo assume o controle.

O que Obama fez para ser igualado aos outros vencedores? Ações humanitárias relevantes? Acordos de paz? Mediação de conflitos? Luta por direitos civis e contra o racismo e a segregação? Não fez nada disso. Apenas enfiou centenas de bilhões de dólares em empresas americanas para estancar o pús das bolhas pútridas da economia norte-americana e até agora apenas com um sucesso parcial.

Então nos resta neste surpreendente ano Nobel ver se o comitê tinha alternativa. Sabe quantos indicados ao prêmio da paz havia? 205, divididos em 172 indivíduos e 35 organizações. Cá para nós, um abuso. Então vamos ver quem estava concorrendo com Obama. A lista está abaixo:

Não viu? Não achou a lista? Bem, no meu blog ela só vai aparecer se algum descendente meu continuar com o blog, pois a política IMBECIL da comissão do Nobel é manter a lista em sigilo por 50 anos. Acha que estou maluco? É isso mesmo. Hoje só estão disponíveis as listas de 1901 a 1956. Eles não respeitam nem seu própria regra e de 1957 a 1959 ainda não foram divulgadas.

Portanto, nem OBAMA vai saber com quem ele concorreu e alguém certamente nem você nem eu ficaremos sabendo. Basta esperar até 2059... Deve ser perigosíssima a divulgação destas listas.

Que obabaquice...

por José Roitberg - jornalista

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Uma oportunidade perdida em Nova York

Artigo de Claudio Lottenberg, presidente da CONIB, publicado nesta quarta-feira na seção Tendências e Debates do jornal Folha de S. Paulo

Acompanhei recentemente, com especial atenção, a cobertura jornalística da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova York. Estava ansioso por saber, entre outras questões, como o dirigente máximo de nosso país transmitiria ao iraniano Mahmoud Ahmadinejad a ideia de que negar a ocorrência do Holocausto representa um repugnante e vil desrespeito à memória das vítimas do nazismo e aos sobreviventes que escaparam dessa barbárie. E muitos deles aportaram em terras brasileiras, onde foram acolhidos com especial hospitalidade e refizeram suas vidas.

Somos descendentes de vítimas desse massacre. E quando deparei com a foto do presidente Lula com Ahmadinejad, fiquei profundamente decepcionado com a forma como o presidente do meu país cumprimentou alguém que questiona a ocorrência do Holocausto.

Imaginei, por exemplo, o que um sobrevivente do Holocausto que encontrou refúgio no Brasil estaria sentindo ao ver aquela imagem. Pensei em nós, filhos e netos de vítimas da máquina mortífera do nazismo, que nos empenhamos tanto nas últimas décadas em manter viva a memória daqueles homens, mulheres e crianças massacrados na Segunda Guerra Mundial.

Evocar interesses de Estado, como faz o governo brasileiro, para buscar a aproximação com Ahmadinejad me deixa perplexo. Fiquei pensando se poderia ver o presidente Lula estendendo a mão para alguém como o general Augusto Pinochet em nome dos interesses de Estado.

Imaginemos que o regime militar, felizmente na lata do lixo da história, ainda imperasse em Santiago, e o Brasil, com a estratégia de liderar o subcontinente latino-americano, recorresse a razões de Estado para justificar eventual aperto de mão com o pinochetismo.

Afinal, alguns assessores do nosso presidente costumam dizer que não cabe ao Brasil distribuir "certificados de bom comportamento" a governos estrangeiros, o que explicaria a atual aproximação com ditaduras, como Irã e Coreia do Norte.

No caso iraniano, imagino também o que devem ter sentido integrantes das minorias sexuais e religiosas perseguidas sistematicamente por Ahmadinejad ao vê-lo cumprimentando, com um largo sorriso, uma liderança de reconhecida envergadura internacional como o presidente Lula, que carrega uma trajetória intimamente ligada à luta por liberdades civis e pela democratização de seu país.

Guardo algumas perguntas ao governo. Por que prestigiar alguém cujo regime não hesitou em reprimir com mortes e violência as recentes manifestações nas ruas de Teerã? Por que prestigiar alguém que representa um regime que viola sistematicamente os direitos civis de mulheres, homossexuais e minorias religiosas, que persegue grupos de esquerda e pró-democracia? Por que prestigiar alguém que, com suas ambições nucleares, desponta como um fator de desestabilização do cenário internacional e que defende a destruição de Israel, um Estado integrante da ONU?

Não é convincente a argumentação de que isolar Ahmadinejad é pior. Pior é recompensá-lo com prestígio e aproximação econômica.

Em minha visão, o presidente Lula, que ganha destaque cada vez mais intenso como uma liderança com influência que atravessa as fronteiras do Brasil, desperdiçou uma valiosa oportunidade de condenar, com o devido peso e ênfase, um fenômeno abjeto como a negação do Holocausto e as violações sistemáticas aos direitos humanos cometidas pelo regime iraniano.

Felizmente, vivemos num país democrático e, ao contrário da população do Irã, podemos manter um diálogo fluído e livre com o nosso governo.

Conheci Lula em Israel, na abertura de um evento esportivo, nos anos 1990. Desde então, pude desenvolver com ele uma relação de profundo respeito e admiração. Mas, como cidadão de um Brasil cujos soldados também combateram o nazismo, e em honra à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes, não posso deixar de externar, com a máxima transparência, que, neste momento, estamos em profundo desacordo.

No respeito e na minha relação com a memória de meus antepassados, permito-me ser inflexível. Ahmadinejad personaliza não apenas o desrespeito à história. Personaliza também o desrespeito à democracia, a liberdades civis e à estabilidade mundial.

Microsoft fora do dicionário da Sun

Tá certo que guerra é guerra, mas "Microsoft" estar fora do dicionário de correção do BR Office da SUN é demais da conta. Note aí em cima as opções de correção.Eu não fazia a mínima idéia de que essas palavras existiam... Isso talvez mostre que o dicionário VERO é mais completo do que o necessário... Aproveite e veja a opção AutoCorreção que eu indico no post abaixo. Nesse caso vc deve Adicionar.

Acelerando a digitação no BR Office e dicionário com a nova ortografia

Enquanto a Microsoft come mosca a Sun já disponibilizou o dicionário de português com as novas regras ortográficas para o BR Office, suite cada vez mais utilizada, ainda mais com a quantidade enorme de micros e notebooks que vê com Linux. Algumas das instalações como a dos Positivo é muita boa e muito completa com praticamente qualquer programa que você possa precisar: todos gratuitos.

Na verdade é uma excelente opção você se livrar de um MS Office pirata e instalar um BR Office gratuito. É mais uma forma de dizer a Microsoft: ok já chega, 30 ou 40 bilhões de dólares de fortuna pessoal é mais que suficiente - BAIXE O PREÇO DOS PRODUTOS, BILL !!!

Quem está acostumado com o Word (nas versões mais modernas) e se deu ao trabalho de digitar sem se preocupar com til, cedilha, a maioria dos acentos etc, percebeu que o Word coloca isso sozinho. É o sistema de auto-correção ou auto-completamento das palavras. A maioria das pessoas não sabe que isso existe. É muito prático para quem tem notebooks com teclados americanos onde a configuração das teclas é diferente da ABNT2. Mas acelera a digitação de qualquer um.

No Word, ao digitar uma palavra certa, sem acentos ou outras coisas, que o programa não conseguiu corrigir sozinho, mande verificar o texto e na caixa de correção que se abre ao invés de clicar no botão corrigir, clique no auto-correção. Assim o Word manda aquela palavra para seu banco de dados e daí em diante toda vez que você digitar sem os sinais gráficos o programa os coloca para vc.

No BR Office no programa Writer a coisa é simples. Como no Word, as palavras não reconhecidas são sublinhadas de vermelho. Ao colocar o cursor numa delas e clicar com o botão direito, abre-se um menu. Ao invés de corrigir a palavra pela lista de palavras (pode ser apenas uma) que aparece no topo deste menu, veja mais abaixo a opção auto-correção. Clicando ali, abre-se a mesma lista só que ao escolher por esta opção, vc manda a palavra para o banco de dados de auto-correção e nunca mais vai precisar digitá-la com "ção" por exemplo. Deixe isso por conta de seu computador! É para isso que vc paga por ele!

Agora, no Writer, vá em ferramentas, idioma, mais dicionários online. Iisso abre uma página na web - procure português do Brasil, dicionário VERO (é o único oferecido mesmo) e mande instalar. Na própria janela que se abre, desabilite o dicionário que vc estava usando. O VERO já vem com nova ortografia. Atualmente isso faz muita diferença.

Espero ter ajudado mais um pouquinho

José Roitberg - jornalista

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um Ahmadinejad judeu ???

Explode pelo mundo com estrondo maior que uma bomba atômica uma informação que pode ser uma mera asneira ou pode colocar por areia abaixo algumas das pretenções de Ahmadinejad. Sua trajetória em termos de antijudaísmo é tão semelhantemente violenta a de Hitler que o expoente do islamofacismo agora é taxado de judeu. Hitler também foi. Dizia-se que teria um antepassado judeu, parentes seus teriam trabalhado para judeus e por isso vinha seu ódio.
 
Na visão racista antijudaica, só judeus seriam capazes de cometer tamanhas atrocidades contra judeus...
 
Nas matérias que circulam sobre Ahmadinejad a história é basicamente a mesma: seu ódio à Israel e sua implicância doentia em relação ao Holocausto seria para encobrir que é judeu de nascimento! Odiar os judeus sabemos ser um dos princípios mais comuns dos conversos para fora do judaísmo e temos aí Karl Marx como um ícone deste ódio. Odiar os judeus seria uma proteção contra acusações de deslealdade ao islã pelos aiatolás que controlam o Irã.
 
Já escreveram igualzinho do Hitler, e sobre Herman Goering, o verdadeiro braço político do paratido nazista, cuja mãe foi amante de um rico comerciante judeu quando empregada em seu castelo, com a complascência de seu pai. Goering passou parte da infância e a adolescência neste castelo e por isso teria ódio dos judeus... Mesma conversa mole.
 
O jornal inglês Daily Telegraph examinou o documento de identidade que Mahmoud usou na eleição de 2008 (foto - não é a de 2009) que saiu numa das fotos. Lá, encontraram o nome familiar original de seus pais - Sabourjians - considerado um nome judaico persa tradicional e a data da conversão da família ao islã, posterior a do nascimento do pequeno Mahmoundinho.
 
É um objetivo do islã a conversão de infiéis, portanto, ao contrário do que mais de 200 matérias repetidas afirmam por aí, a família e ele são muçulmanos e disso não há dúvida. Apesar de muitos judeus também não aceitarem, não existe algo como "judeu convertido" ou "muçulmano convertido." Ao efetivar-se a conversão torna-se judeu e muçulmano com todas as obrigações e direitos religiosos, no caso do islã, direitos sociais e políticos nos países teocráticos.
 
Por outro lado, há um preceito judaico que nascido judeu, não importa a conversão posterior: se é judeu para sempre, para alguns grupos religiosos ou se pode retornar ao judaísmo, sem conversão, fazendo a "teshuvá" até o momento de sua morte. Então, para estes grupos e apenas estes Ahmadinejad pode ser um judeu de fato.
 
Não há como apurar daqui do Brasil se o sobrenome Sabourjians é judeu, é exclusivamente judaico, ou é um sobrenome compartilhado entre judeus e muçulmanos persas. É preciso de um especialista para isso. A semelhança com Hitler via um pouco mais além pois Adolf Hitler, não nasceu com este sobrenome, que é de um tio, mas com o sobrenome Schikelgruber. Em relação ao sobrenome Hitler, tenha a certeza de que "Hittler" com dois "t" é um sobrenome judaico, tradicional alemão: eu vi! Eu conheci uma família e ela pertencia a comunidade judaica carioca. Agora vive em Israel.
 
O curioso é que até o momento de fechar esta matéria havia mais de 950 ocorrências do sobrenome Sabourjians neste caso de Ahmadinejad, no Google, e NENHUMA ocorrência sem ele. Simplesmente é algo que não pode ser pesquisado na Internet e se é ou foi um sobrenome judaico relevante na Pérsia e no Irã moderno, ninguém se deu ao trabalho sequer de se referir a ele até hoje.
 
por José Roitberg - jornalista

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um passo atrás (Editorial Folha de SP)

DEU NA FOLHA DE S. PAULO

Um passo atrás (Editorial)

Brasil se intromete mais do que deve em Honduras e toma atitude estranha de negar-se ao diálogo com governo de fato

O envolvimento do Brasil na crise hondurenha foi além do razoável, e provavelmente o Itamaraty já perdeu a capacidade de mediar o impasse. É preciso dar um passo atrás e recuperar a equidistância em relação seja à intransigência de um governo ilegítimo, seja a uma plataforma, dita bolivariana, descompromissada com a democracia.

O Brasil perdeu o mando sobre sua embaixada em Tegucigalpa. A casa está ocupada por cerca de 60 militantes, que acompanham o presidente deposto, Manuel Zelaya. Devido à omissão do governo brasileiro, Zelaya e seu séquito transformaram uma representação diplomática estrangeira numa tribuna e num escritório político privilegiados.

O salvo-conduto para o proselitismo chegou ao ápice no sábado. De dentro da embaixada brasileira, Zelaya conclamou a população do país à revolta. Se o Brasil considera o presidente deposto seu "hóspede", deve impor-lhe a regra fundamental da hospitalidade diplomática: calar-se sobre temas políticos internos. Do contrário, caracteriza-se intromissão de um país estrangeiro em assuntos domésticos hondurenhos.

A propósito, terá o Itamaraty controle sobre todos os cidadãos alojados em sua representação? Sabe, de cada um, a nacionalidade e o motivo de estar ali? O abrigo deveria restringir-se a Zelaya e seus familiares próximos; todos os demais precisam ser retirados da embaixada. Não cabe ao Brasil hospedar a guarda pretoriana do presidente deposto.

Outra posição cada vez mais estranha do Brasil é a recusa absoluta de negociar com o governo interino de Roberto Micheletti. Tal intransigência contraria a tradição diplomática do Itamaraty, não contribui para a dissolução do impasse e cai como uma luva para o objetivo do chavismo -interessado em prolongar a desestabilização política em Honduras.

O presidente Lula negocia com a ditadura cubana e a favor dela interveio na Assembleia Geral da ONU. Em Nova York, afagou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que acabava de reiterar a negação do Holocausto e ser flagrado em nova trapaça nuclear.

Logo depois, na Venezuela, Lula se reuniu com golpistas africanos e ditadores homicidas do continente, como Robert Mugabe (Zimbábue) e Muammar Gaddafi (Líbia) -o líder sanguinário do Sudão não pôde comparecer porque poderia ser preso numa conexão aérea.

O regime chefiado por Roberto Micheletti em Honduras ocupa categoria bem mais tênue de ilegitimidade democrática. Violou a Constituição ao expulsar do país um presidente eleito, quando a ordem da Corte Suprema era de prender Zelaya, por afronta a essa mesma Carta.

O governo interino, contudo, respeitou a linha sucessória constitucional, assegurou o poder em mãos civis e manteve o calendário das eleições presidenciais, marcadas para 29 de novembro.

O Brasil precisa recobrar a lucidez diplomática -e, com ela, a sua capacidade de mediação. Ajudar a dissolver o impasse é a melhor contribuição que o Itamaraty tem a oferecer no caso de Honduras.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

coca-cola_koka-kora_ Bulgaria


originally uploaded by Renata Fraia.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Drivers Windows Vista e XP para micros Positivo

Se vc comprou um Positivo (máquinas muito boas) deve ter tomado um Linux empurrado. Na máquina que comprei agora veio um Linux super completo rodando sem problemas até onde tive paciência de verificar. Mas o manual é inexistente. Não veio nada. As aplicações que uso não rodam em Linux e preciso do Vista, legalizado e tudo. Como sempre, as surpresas de não haver os drivers para XP ou Vista em nenhum diretório óbvio dentro do Linux (se tinha, apaguei) e a ingrata surpresa, que ocorre cada vez mais (não Acer netbook comprado nos EUA foi a mesma coisa), do sistema de recuperação do Windows vir dentro do HD... Ora, se o HD der pau, como fica a recuperação?
 
Neste Positivo com Linux, dificilmente alguém sem experiência vai conseguir conectar com Internet banda larga, pois o treco fica querendo usar um discador antigo. É preciso ir em TODOS OS PROGRAMAS, INTERNET, BANDA LARGA E DSL, mesmo que use cabo e não ADSL e configurar ali em instantes. Tudo funciona, mas o "manual" não informa nada.
 
Para instalar o Vista na máquina com Linux , coloque o DVD, reinicie, escolha do CD ou DVD, siga as instruções. Qdo aparecerem um monte de partições do Linux, remova todas (caso queira limar o Linux inteiro). Vc termina com uma grande área não alocada. Escolha NOVA e formatar, que o Vista faz tudo sozinho. Não se preocupe.
 
Após instalar o Vista, sem maiores problemas, é claro que áudio não funcionou, rede não foi reconhecida e vídeo ficou no padrão VGA e não na cofiguração desejada. Procurando por soluções, encontrei um post de um tal "rastaman" afirmando ser analista da Positivo indicando o procedimento abaixo que se mostrou absolutamente correto e veloz.
 
"Entrando na página www.positivoinformatica.com.br na parte de suporte, drivers, deixar a primeira opção em branco e colocando em baixo o número de série do computador e não apresentar driver nenhum, você deve entrar em contato conosco pelos telefones:

- São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília:
4002 6440

- Demais localidades:
0800 644 7500

Entrando em contato, nos informando o número de série do seu computador e seu e-mail, lhe enviaremos o link para que possa fazer o download de todos os drivers para o XP."
 
O número de série de seu computador está numa das etiquetas atrás da torre ou debaixo do notebook, bem simples de encontrar. Boa sorte.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Clarin Antissemita

Antes de simpatizar com o Clarin, veja como o jornal adorava os judeus no final dos anos 1930.

200 fiscais da Receita Federal Argentina invadiram o Clarin após o jornal denunciar um escândalo financeiro parece que em uma autarquia dos Kirschers. 

Note que a Ciudad de Libre Opinion, enorme portal que aglutina o nazismo latino americano e parte de espanhol está nos servidores do Clarin. A foto é da exposição do Museu do Holocausto de Buenos Aires.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Gueto de Varsóvia em Cores - vídeo



Este foi meu último documentário sobre o Holocausto feito enquanto eu trabalhava na FIERJ e convido todos a assistir pois certamente vc nunca viu filme colorido de dentro do Gueto de Varsóvia.

Warsaw Guetto in color. You mus watch this video, the last I made as FIERJ TV Director in Rio de Janeiro.

José Roitberg - jornalista e coordenador do Vaad Hashoa Brasil

5 Anos do Massacre de Beslan - Como foi a repercussão nos jornais na época?

Neste fim de semana estava revendo meus arquivos para escrever algo sobre Beslan, quando percebi que havia um tema não abordado. Como a mídia impressa retratou o massacre?

Em relação à mídia, inclusive no evento recente da ONU no Rio de Janeiro, ficou absolutamente claro que há um conceito internacional muito bem definido: nazis, comunistas e jihadistas declaram que os judeus controlam a mídia; comunidades judaicas reclamam que a mídia é anti-israelense chegando ao antissemitismo clássico; militância islâmica e palestina afirmam que a mídia é pró-israelense e pró-judaica. Tem algo muito errado aí.

A resposta é bastante simples. Cada grupo de interesse ou até mesmo cada pessoa que reclama, lê o que lhe interessa. Então hoje esta matéria desagrada este grupo. Amanhã outra desagrada outro. Uma carta claramente antissemita é elogiada pelo outro lado como a expressão da verdade que deve ser levada a todos e elogia o jornal, enquanto o lado judaico acusa o jornal de ser antissemita. Mas a militância judaica é passiva demais: não elogia as mídias quando elas se posicionam favoravelmente aos seus interesses. Que leitura um "dono de mídia" poderá ter? Escrevo A e este grupo me elogia. Escrevo B e aquele grupo reclama, enquanto o pessoal ligado ao grupo B não fala nada. Então qual é meu público? O que apóia o que publico e não o que apenas reclama... Bem lógico, né?

Sobre Beslan, bem como antes, sobre o teatro em Moscou, o massacre ficou definido como sendo obra e graça das forças policiais do estado russo. Os terroristas chechenos ou da Inguchétia abertamente ligados a Al-Qaeda, com agenda política clara, com a forma de ação mais covarde possível foram contabilizados entre os massacrados e não como agentes do massacre. Uma negação institucional do que todos viram e das declarações abertas da Al-Qaeda: "Nós fizemos, por isso e por aquilo"... Não, vocês não fizeram, replicou a mídia. Igualzinho o 11 de setembro na distorção dos teóricos da conspiração.

As cartas do leitor a época de Beslan foram basicamente contra a exposição de crianças russas mortas nas folhas dos jornais, principalmente pelo Globo. Jamais foi publicada pelo jornal - não sei se foi recebida - carta dizendo o mesmo sobre a exposição de crianças palestinas mortas. Ao contrário, neste caso as cartas se apoiavam nas fotos para tecer um discurso antissemita aberto. Ao expor em primeira página crianças iraquianas (não se pode dizer muçulmanas no jornal...) sorrindo e brincando com o corpo mutilado e carbonizado de um soldado americano pendurado numa ponte, o jornal trata o fato como positivo para o Iraque mostrando a insatisfação do povo contra os americanos.

A exposição de crianças mortas nos jornais brasileiros tem algumas explicações importantes. O Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe claramente. Mas a lei é mal redigida como quase todos no Brasil e se aplica não à mídia, mas à criança: só não pode mostrar se a criança for brasileira. Os muçulmanos radicais usam suas crianças mortas como elemento de propaganda de guerra. Os israelenses e judeus preservam seus mortos e não liberam suas imagens para uso, sejam adultos ou crianças. No caso de Beslan, é apenas o fotojornalismo da barbárie, num país que prefere mostrar realidades escolhidas para atrair a compaixão internacional e liberou as imagens de suas crianças mortas. Além disso, o bizarro e o grotesto vendem.

As cartas de Beslan diziam ainda mais. Falavam que o massacre cometido pelos russos tinha origem na dominação mundial americana. Diziam que o massacre feito pelos russos usava técnicas antiterroristas americanas. Dizia que o massacre era devido à guerra no Oriente Médio, incluídas aí referências ao Iraque e à Israel. Contei em meu arquivo 27 cartas do leitor publicadas ao longo de 4 dias apenas pelo Globo. Apenas uma, de um judeu, tinha em seu corpo os termos "terrorista islâmico", "Al-Qaeda", "terroristas muçulmanos". Nenhuma falava da covardia de adultos homens e mulheres partirem para uma missão suicida na qual pretendiam levar consigo crianças russas, a serem mortas por bombas, balas e pelo fogo. Nenhuma carta apontava a covardia islâmica e seu desprezo total pela vida de "seres" que não são humanos segundo sua ideologia fundamentalista takfir (tornar outros infiéis não humanos por definição pessoal de um clérigo - sendo proibido o assassinato de muçulmanos e de seres humanos fiéis, tornar - definir - os alvos infiéis e não humanos dá aos terroristas campo aberto para terem a certeza de que não estão cometendo ato algum contra o Islã, muito pelo contrário).

Mas só para deixar claro. Quem criou essa coisa de tornar outros infiéis e não humanos, não foi o Islã, foi a Igreja na época das Cruzadas, quando o Papa da vez emitia um decreto chamado de Bula Papal que absolvia os cruzados "pelos pecados que viessem a cometer", portanto os massacres, estupros, roubos etc estavam previamente anulados perante Deus pelo Papa e seus soldados da cruz podiam fazer o que quisessem sem temer o Inferno.

Sobre Beslan, ficou claro, por mais uma, vez a estratégia de ignorar o conflito religioso entre a Jihad Islâmica Mundial, que pretende a transformação do mundo num grande paraíso elevado a Maomé - dizem e escrevem isso abertamente - e o cristianismo. No caso o cristianismo ortodoxo na Rússia. Removendo do discurso e dos textos a guerra religiosa real, não sobra conteúdo algum para justificar o que ocorreu no teatro em Moscou e depois na escola em Beslan recaindo a culpa no Estado e sua atuação e não nos terroristas cruéis, bárbaros e covardes. A coisa toda foi tratada como um incidente policial, uma grande ação de tomada de reféns com um resgate desastrado. E neste escopo, os editores de seções de cartas selecionaram (palavra que os judeus odeiam) o conteúdo que mais se adequasse à banalização e idiotização da Jihad Mundial, levando os leitores a crêrem, mais uma vez, que ela não existe. Acredite no que os jihadistas dizem!

Lembramos hoje não só das crianças cristãs que foram ativamente enviadas para o Inferno pelos fundamentalistas islâmicos, conforme os ensinamentos que pregam, mas também o início oficial da Segunda Guerra Mundial com a invasão nazista da Polônia. Fato que mesmo publicado à exaustão pela máquina de propaganda nazista da época, os revisionistas-mentirosos do Holocausto defendem não ter existido: a Alemanha simplesmente foi defender a população de origem germânica no Oeste da Polônia.

Neste ponto você deveria perguntar: o que tem isso a ver com os judeus resisitindo no Gueto de Varsóvia e em outros, serem apenas jovens e velhos? Onde estavam os militares judeus pois o serviço militar era obrigatório na Polônia? Esse é um assunto pouco discutido. A Polônia se mobilizou algumas semanas antes de setembro. Todos os reservistas foram convocados. Entre os pouco mais de 3 milhões de judeus poloneses havia uns 120 mil com idade adequada e treinamento militar. A grande maioria era composta por soldados, mas havia todas as patentes até generais. Cerca de 30 mil foram mortos em combate: quase 45% das perdas totais. Alguns historiadores afirmam, baseados no relato de dois ou três sobreviventes, que este número elevado se deveu não só ao exército polonês mandar os judeus na frente, mas também a vontade dos judeus de lutarem contra o nazistas. Um número relevante de condecorações militares das mais simples às mais altas foram dadas à militares judeus nesta campanha. Você pode não ter percebido e ninguém falou isso antes para você: esses 120 soldados judeus compuseram a maior força militar judaica desde os tempo bíblicos de David e Salomão. Este é um tópico que se ignora completamente. A Polônia resisitu ao avanço nazista.

As perdas em combate foram cerca de 10.500 soldados alemães mortos acrescidos por outros 5.000 desaparecidos e uns 30 mil feridos. Do lado polonês foram 66 mil mortos, 134 mil feridos e 420 mil prisioneiros. Entre estes, todos os que eram identificados como judeus foram executados sumariamente, não contabilizados entre os mortos em ação e sem deixar rastros ou documentação. Parte do exército polonês conseguiu fugir para a Hungria e de lá para a França e Inglaterra, onde formaram batalhões poloneses. Os soldados judeus que conseguiram sobreviver tanto aos nazistas por um lado quanto aos soviéticos por outro se conta com os dedos e praticametne não há referências a eles nos diários dos guetos e da resistência judaica. Alguns, achando que podiam sobreviver se incorporaram às polícias dos guetos. Pela idade apta para o trabalho, certamente estiveram entre os primeiros a serem enviados para o trabalho escravo local até morte sob domínio nazista. Quando chegou o momento em que a reação nos guetos pode acontecer, não havia mais homens vivos na faixa etária de serviço militar, incluindo aí a maior parte dos policiais dos guetos.

Os dados historicamente mais aceitos para a ocupação nazista da Polônia são: 3 milhões de judeus e 2 milhões de poloneses massacrados; 100 mil poloneses não judeus massacrados pelas tropas nacionalistas da Ucrânia (pró-nazi - haviam fugido para lá); 250 mil militares poloneses mortos em campos de prisioneiros, trabalho escravo ou concentração na Alemanha; algo em torno de 300 mil soldados poloneses aprisionados pelos Russos, quando invadiram a Polônia pelo Leste dividindo-a com Hitler - Pacto Ribentrop/Molotov - (destes, estima-se que 130 mil tenham sido mortos em campos de concentração soviéticos); 350 mil civis poloneses mortos do lado soviético durante 1940-41. No total a Polônia perdeu quase 22% de sua população. Mais de 90% deste total eram civis.

José Roitberg - jornalista e Coordenador do Vaad Hashoa Brasil

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Erro grave no discurso do governo na audiência pública sobre terrorismo

Estou lendo a transcrição da audiência pública sobre terrorismo e algo me preocupa muito. Não pensei que nesta altura do desenvolvimento das relações entre a comunidade judaica e o Estado (e o erro não é por parte da Comunidade), o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sr. Jorge Armando Félix viesse com o parágrafo:

"Tivemos o exemplo de um país também com um grau de risco bastante baixo, nossa vizinha, a Argentina, que sofreu, na década de 90, em 1992 e 1994, 2 atentados bastante sangrentos. Inclusive, no atentado contra a Associação Mutualista Israelense na Argentina, em 1994, teve o maior número de morte de cidadãos israelenses entre todos os perpetrados até hoje. Inclusive aqueles no próprio Oriente Médio, dentro de Israel ou fora de Israel... ...Esse exemplo mostra que, apesar de o país ter um grau de ameaça bastante baixo contra ele, isso não é válido com relação às instituições de outros países localizadas no interior deste País

É muito preocupante que a ABIN confunda judeus argentinos com cidadãos israelenses e erre o nome da AMIA (Associação Mutual Israelita - judaica - Argentina)... Ainda estou na página 4 de 63, mas para mim, isso compromete totalmente a avaliação. Está absolutamente clara a colocação de que 'os judeus são cidadãos de Israel e suas instituições são ESTRANGEIRAS nos países onde se localizam.. Terrível !!! Espero que este email seja pego no monitoramento da internet - que deve ser feito - e chegue a quem de direito.

Mais adiante em seu discurso, o Ministro faz questão de distinguir especificamente entre árabes e muçulmanos (mas não entre árabes cristãos, árabes muçulmanos e muçulmanos de outras origens), e a transcrição pública da fita diz que há 8 a 10 BILHÕES (vc leu direito) de descentes de árabes e muçulmanos no Brasil. Quer dizer, o ponto onde deveria haver uma clara definição entre os descentes árabes cristãos, árabes muçulmanos e muçulmanos brasileiros, imigrantes pós 1982, convertidos ou já descendentes fica todo embolado e sem esclarecimento. É claro que são "milhões", mas transcrição é transcrição. Sò se corrige numa revisão final por autoridade competente.

No ataque à embaixada de 1992 houve cidadãos israelenses mortos. No ataque à AMIA, não houve. Eu tenho uma página, que não atuallizo desde 2003, onde há o que se sabia da AMIA naquela altura. Pesquisei e coloquei lá TODOS os nomes, nacionalidades, idades, religião e ocupações dos assassinados no atentado, conforme as informações policiais argentinas públicas. http://www.angelfire.com/journal2/midiajudaica/especiais/Amia/AMIA-1994-2003.htm

Quem não for dar uma olhada, pelo menos fique com a informação mais resumida: 33 das vítimas fatais eram cristãs, 53 das vítimas fatais eram judias, 26 delas eram funcionários da AMIA ou DAIA, 22 delas estavam na rua ou em prédios vizinhos, 240 outras pessoas ficaram feridas (quase na totalidade não judias)

Mas as pessoas comuns que lêem apenas a fragmentos de notícias e não possuem o "arquivo" em suas cabeças, não vão lembrar dos dados certos e vão pautar suas reações e decisões pelo fato novo mais recente, que é este: o errado. Pior, é pela informação errada que o governo brasileiro vai se pautar...

Abs,
José Roitberg - jornalista

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Senador do PT usa propaganda anti-Israel e questiona EL-AL no Brasil

João Pedro defende movimento internacional pela criação da Palestina

(07-ago-2009) O senador João Pedro (PT-AM) defendeu em Plenário, nesta sexta-feira (7), a organização de um movimento internacional pela criação do Estado palestino. Também propôs a realização de audiências públicas para debater essa questão e o comportamento das autoridades de imigração no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) em relação a pessoas que saem do Brasil com destino a Israel.

- Não haverá paz no Oriente Médio enquanto houver opressão nos territórios ocupados - afirmou.

As considerações do parlamentar sobre a causa palestina foram apresentadas em relato de viagem feita à Cisjordânia no final de julho. João Pedro conheceu a região a convite da Associação Árabe do Amazonas e, lá, foi recebido por integrantes do governo da Autoridade Nacional Palestina, como o chefe de gabinete do presidente Mahmoud Abbas, Rafiq Husseini. A ele, entregou carta de apoio à luta do povo palestino enviada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Se o Brasil respaldou a criação do Estado de Israel junto à Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, agora é hora, conforme avaliou João Pedro, "de olhar com certa solidariedade e humanismo para o povo palestino e apoiar a criação do seu Estado". Ao mesmo tempo em que se afirmou como um defensor da causa palestina, o representante do Amazonas não poupou críticas à conduta do Exército de Israel no controle não só da circulação de pessoas nos territórios ocupados, mas da própria água que abastece sua população.

Em relação à conduta das autoridades de imigração em Guarulhos, comentou episódios de agressão e humilhação envolvendo passageiros que viajavam para Israel e Palestina. O parlamentar também disse ter presenciado tratamento degradante a viajantes no Aeroporto de Tel Aviv, em Israel.

Discurso do Senador João Pedro (PT – AM)

http://www.senado.gov.br/sf/atividade/pronunciamento/detTexto.asp?t=380460

O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT ¿ AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) ¿ Presidente Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, farei, nesta manhã de sexta-feira, um balanço da viagem que fiz agora, no período do recesso parlamentar, à Palestina, à Cisjordânia. É um relato do que vi, do que senti, do meu sentimento, e meu pronunciamento vai na construção, Presidente Mão Santa, de apoiarmos a criação do Estado da Palestina.

É com a expressão salaamu alaykum, que em nossa língua quer dizer ¿a paz esteja contigo¿, que o povo palestino, mais do que saudar o próximo, manifesta sua mensagem de paz, seu desejo por liberdade e sua repulsa à violência. A violência, Senador Mão Santa, Senador Paim, Senador Mário Couto, desencadeada e levada a efeito há mais de 60 anos pelo governo israelense; a violência e a covardia expressa através do uso da força; da construção de muros descomunais e de assentamentos, com luxuosas casas, no território palestino. Merece registro também a ostensiva presença militar de Israel nos check points, onde todos são minuciosamente revistados e desautorizados, ou não, a adentrarem nas regiões ocupadas.

Em julho deste ano, deixei de ser apenas um defensor da causa palestina, um espectador à distância dessa barbárie, para conhecer in loco essa realidade que golpeia não somente a paz e a liberdade, mas agride, sobremaneira, a independência, a soberania nacional e o desenvolvimento social do povo da Palestina.

Atendendo ao convite da Associação Árabe do Amazonas, presidida por Mamun Yacub e integrada pelos palestinos e amigos da causa democrática em meu Estado ¿ e destaco, aqui: Issa Yacub, Abdel Latif, Ismael Monassa, Walid Monassa, Abdel Al Salam Monassa, Mahmoud Yacoub, Ata Yacoub, Khalid Zakri, Yussef Yacub e Kaled Yacoub ¿, ingressei em Amã, capital da Jordânia, no dia 21 último, onde fui recebido pelo Embaixador brasileiro naquele País, Fernando José Marrone, e o Conselheiro Henrique Luiz Jenné, que, em rápidas palavras, narraram as dificuldades que por certo encontraria para entrar e conhecer a Cisjordânia.

Cumpridas, finalmente, as formalidades impostas pelas autoridades israelenses para entrar na Cisjordânia, lá ingressei em companhia do Secretário da Embaixada brasileira na Palestina, o Sr. Cláudio Leopoldino ¿ e quero dizer da minha alegria em constatar um escritório do Itamaraty lá na Palestina, na cidade de Ramallah. Como dizia, no dia 23, entrei, então, na Cisjordânia, ao tempo em que me dirigi à cidade de Bani Nain (Bani Nain quer dizer filhos de Nain), na região de Hebron, onde estava sendo esperado por irmãos palestinos, entre os quais figuravam vários filhos de Bani Nain que moram e labutam no Estado do Amazonas. Eles são palestinos, filhos de Bani Nain, uma cidade de 25 mil habitantes, que, por conta dos conflitos, migraram para o Brasil, moram em Manaus, trabalham em Manaus e voltam quase todos os anos para passarem o período de suas férias lá na Palestina.

Afigura-se importante registrar, Sr. Presidente, que foi em Bani Nain que presenciei uma das mais absurdas expressões do holocausto que se abateu sobre o povo palestino. Se não fosse pouco o confisco de terras, a destruição de lavouras e toda sorte de humilhação em nome do sionismo, Israel controla 80% da camada freática da Cisjordânia ¿ controla a água onde vivem os palestinos ¿ e, via de consequência, este recurso natural, que deveria abastecer a população e os setores agrícolas, comercial e industrial, é cotidianamente controlado. Soma-se a esse quadro já alarmante a crise no tratamento da água, que também é limitado por Israel. Inobstante o alerta da Organização Mundial de Saúde de que o esgotamento e a deterioração das camadas subterrâneas palestinas são muito maiores em decorrência da destruição das estruturas hídricas e das redes de saneamento pelos bombardeios ocorridos em diversas regiões do país.

Fazendo o contraponto com essa realidade, temos, em Bani Nain, um povo feliz, um povo corajoso, esperançoso, que ainda chora seus mortos, a exemplo do Sr. Abu Nabi Manasrah, que teve seu filho, de tenra idade, aos 16 anos, executado pelo exército israelense, quando o mesmo encontrava-se em companhia de um amigo na área externa de sua residência. Esses dois jovens, Srªs e Srs. Senadores, foram mortos, assassinados, a partir de um helicóptero, localizado a 20 metros de altura.

Surpreendeu-me, naquela cidade, o poder de superação e resistência dos homens, mulheres e crianças que ali vivem, das autoridades que labutam na construção e reconstrução do seu espaço, com vistas à criação do democrático Estado Palestino. Ilustro dita afirmação com o que vislumbrei nas visitas às obras de prédios públicos de Bani Nain, acompanhado do prefeito da cidade, o Sr. Radwan Manassra.

Mas minha curiosidade em conhecer a Palestina e ¿ confesso ¿ minha crescente indignação com o controle da região pelo exército de Israel levaram-me além de Bani Nain, para mensurar, inclusive, os limites dessa conduta institucional (para nós, brasileiros, inconstitucional), que viola o direito de ir e vir dos palestinos. E foi com surpresa, Srªs e Srs. Senadores, em que pese tudo o que já havia escutado, que testemunhei inúmeros bloqueios de estradas na Cisjordânia, os quais consistem ora em cerca de metal, montes de terra e barricadas de concreto, ora em check points militares, guarnecidos por soldados fortemente armados que monitoram as estradas que correm apenas dentro da Cisjordânia, impedindo o seu povo, os palestinos, de ingressarem, por exemplo, em Jerusalém. Ademais, trajetos que, no passado, eram realizados por palestinos em 20 minutos, atualmente, por conta dos check points, levam quase duas horas. Os postos de controle de Nablus Jenin, e os de todas as cidades na Palestina, como o de Ramallah são exemplos desse absurdo.

Ou seja: para você entrar nas cidades palestinas, você tem que passar pelo rigor, pela humilhação da fiscalização feita nos postos militares instalados em todas as cidades da Palestina.

Em visita a Ramallah, nos dias 26 e 27, fui recebido na Universidade de Birzeit, onde, entre as diversas ações no campo do ensino, pesquisa e extensão, são desenvolvidos projetos de ajuda aos estudantes oprimidos no Oriente Médio, inclusive com apoio jurídico aos acadêmicos ilegalmente privados da liberdade, tendo em vista as prisões administrativas existentes naquele país, que autorizam a detenção de universitários considerados subversivos por até seis meses prorrogáveis.

Na oportunidade, fora denunciada a prisão de estudantes há mais de três anos sem acusação formal, restando sem êxito a adoção de medidas judiciais por obstarem o prosseguimento das mesmas a falta de representação das famílias dos presos para o início da ação, por temor às represálias do governo israelense.

Na verdade, a Palestina, Srs. Senadores, lamentavelmente, é uma grande prisão. Pasmem! Existem, hoje, naquela região, 11 mil presos, dos quais 3.500 cumprem prisão perpétua e 450 são adolescentes de 16 a 17 anos.

Não tenho dúvidas em afirmar que não haverá paz no Oriente Médio enquanto houver opressão nos territórios ocupados, enquanto não for garantida aos palestinos a liberdade para transitar em suas ruas.

Presidente Mão Santa, fugindo do discurso que procurei elaborar para retratar a dura realidade do povo palestino, eu quero dizer que nós precisamos, os partidos políticos comprometidos com a democracia, os intelectuais, os jornalistas, organizar um movimento internacional pela criação do Estado palestino. É inconcebível, é inaceitável que, em pleno século XXI, uma população histórica, que faz parte da história do mundo, o povo palestino, 6 milhões de palestinos não tenham um Estado. E, mais grave do que não ter o seu Estado, não ter a sua fronteira, é a presença de Israel, que tem o seu Estado criado pela ONU em 1948, inclusive com o voto do Brasil no Conselho de Segurança. Israel tem o seu Estado. Está ali às margens do Mar Mediterrâneo, mas controla, escraviza, aprisiona o povo palestino. É inaceitável!

O Brasil, como referência na América Latina e no mundo, com muita solidariedade, com muito humanismo, com muito compromisso com o futuro do povo palestino, precisa articular um movimento na ONU.

A ONU não pode se omitir, Presidente Mão Santa, de fazer uma sessão para criar o Estado Palestino. Israel deve cuidar do seu Estado e não ter uma presença, como nos dias atuais, controlando de forma abusiva o povo palestino.

No desiderato de colocar o mandato à disposição dessa causa que reputo nobre, justa, patriótica e soberana, no dia 28 de junho dirigi-me ao escritório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), onde contei com a atenção do Sr. Nasser Faqih, responsável pelo programa de apoio às famílias palestinas, programa esse que atende quatro mil famílias de um universo de sessenta mil, que hoje dependem de ajuda humanitária naquela região.

Outro ponto visitado por mim foi a sede do governo da Autoridade Nacional Palestina, onde fui recebido pelo chanceler da ANP, Dr. Riad Malki, pelo chefe do gabinete do Presidente, Dr. Rafik Husseini, e pelo Ministro da Agricultura da Palestina, Sr. Ismail Daiq, ocasião em que o chanceler Malki destacou a importância da atuação da comunidade internacional como intermediária junto a Israel para que sejam reiniciadas as negociações de paz.

Acolhendo sempre com muito interesse as exposições formuladas pelas autoridades palestinas, entreguei ao Dr. Rafik Husseini, para que fossem repassadas às mãos do Presidente Mahmoud Abbas, cartas de apoio à luta do povo palestino enviadas pelo Senador Eduardo Azeredo, Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, bem como do Deputado Ricardo Berzoini, Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Em conversa com o Ministro da Agricultura da Palestina, Sr. Ismail Daiq, S. Exª resgatou a existência de dois projetos de cooperação em andamento, entre o Brasil e a Palestina, nas áreas de piscicultura e recuperação de pastagens, no valor de US$12 milhões. Mencionou, ademais, o interesse em buscar formas possíveis de aumento da oferta de ração animal no mercado palestino, da qual a atividade pecuária local (ovinos e caprinos) é dependente, tendo em vista a aridez do clima e a consequente escassez dos pastos naturais. De igual modo, destacou o interesse do governo palestino em facilitar a importação de carne bovina brasileira, contribuindo para a redução dos elevados preços que o produto alcança no mercado palestino.

Por oportuno, aventei a possibilidade de buscarmos, Brasil e Palestina, canais de cooperação entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Raba, seu homólogo palestino, com vistas a permitir o intercâmbio e o treinamento de técnicos dos dois órgãos.

Não podemos olvidar, no campo dos projetos de cooperação, a atuação do Brasil, da África do Sul e da Índia, que, em parceria, vêm financiando um projeto importante de construção de um complexo esportivo e escolas na Palestina. E o Brasil acaba de colaborar com a doação de uma praça no centro de Ramallah.

Para finalizar, Sr. Presidente, não poderia encerrar minha viagem e tampouco este discurso sem mencionar minha ida ao túmulo do líder Yasser Arafat. Yasser Arafat é, inexoravelmente, uma das personalidades políticas mais conhecidas e publicitadas da segunda metade do século passado. O seu nome identifica-se com a luta do povo palestino, por sua condição de grande e maior interlocutor da causa de sua gente. Sendo um homem extremamente afável no seu trato pessoal, deu provas de sua firmeza exemplar quanto às suas convicções e de um impressionante valor moral e físico. Por ter sido um homem de coragem e de princípios, ele tem hoje um lugar inapagável na história. Os seus últimos anos, praticamente até a morte, foram de indomável resistência, arriscando a vida a cada hora, a cada minuto, no seu último refúgio, que foi a sede do Governo da Autoridade Palestina em Ramallah.

Yasser Arafat tornou-se um ícone para o seu povo, um ícone que perdurará incontornável enquanto houver Palestina. E não tenho dúvida, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, pela força e coragem do povo palestino que conheci, que a Palestina sobreviverá para sempre.
Presidente Paim, que tem mandatos no Congresso Nacional em defesa dos direitos humanos e compromisso de vida com os direitos humanos, quero chamar a atenção de V. Exª para a dura realidade da vida do povo palestino. E, como V. Exª tem uma presença na Comissão de Direitos Humanos do Senado da República ¿ é grave o que vou dizer aqui, Sr. Presidente e Srs. Senadores ¿, gostaria que pudéssemos fazer uma audiência pública aqui no Senado. Quero propor duas audiências públicas: uma no âmbito da Comissão de Direitos Humanos, para averiguarmos, junto às autoridades do Aeroporto de Guarulhos, de que forma são tratados os passageiros que saem do Brasil, por São Paulo para Tel Aviv, para Israel. A humilhação, Sr. Presidente, imposta a brasileiros e a palestinos que vivem no Brasil. A comunidade palestina no Brasil é grande. No Rio Grande do Sul, estão os árabes, assim como em Santa Catarina, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no meu Estado, o Amazonas. Esses cidadãos são submetidos a constrangimentos absurdos aqui no Brasil.

O Brasil não é Tel Aviv. O Brasil não é Israel. Nós não podemos aceitar essa humilhação, Presidente Paim. Estou colocando isso para que V. Exª... Vou formular um requerimento, mas precisamos ouvir a todos e, quem sabe, fazer uma visita in loco ao Aeroporto de Guarulhos para presenciarmos o tratamento dispensado às pessoas do Brasil que se deslocam para Israel, que se deslocam para a Palestina.

Porque lá em Israel é humilhante. V. Exª não imagina o que as autoridades alfandegárias e militares fazem contra as pessoas que viajam a Israel. Presenciei. Fiz essa viagem acompanhado da minha esposa e presenciei o tratamento dispensado, no Aeroporto de Tel Aviv, às pessoas que chegam e às pessoas que saem. É humilhante a fiscalização.
Há poucos dias, agora, na minha viagem, telefonei para um cidadão que estava na Palestina e que viajou. Colocaram esse brasileiro despido, nu, no Aeroporto de Tel Aviv. Presidente Paim, a comunidade internacional não pode fechar os olhos e os ouvidos para essa realidade da Palestina, do Oriente Médio.

A outra audiência pública que vou propor é com a presença do Chanceler Celso Amorim e de autoridades brasileiras, para começarmos, aqui nesta Casa, que tem compromissos com a democracia, uma articulação para apoiarmos a criação do Estado Palestino. Nós temos que virar esta página da nossa história.

Israel, já disse aqui, tem seu Estado desde 1948, desde o pós-Segunda Guerra Mundial. E como é que fica o povo palestino? Crianças, jovens, seis milhões de seres humanos, sem um estado, sem um país, sem uma fronteira, com esse agravante, que é a presença militar de Israel dentro da Palestina?

Presidente Paulo Paim, os palestinos estão proibidos de visitar sua capital, Jerusalém. Eles não podem adentrar, não podem visitar Jerusalém. Imagine o brasileiro ser proibido de visitar Brasília. Imagine! Imagine o gaúcho ser proibido de visitar Brasília. Só entram em Jerusalém palestinos que morem em Jerusalém. O restante daquela imensa população não entra em Jerusalém desde a Guerra de 1967.

Eu quero fazer desta fala, nesta manhã de sexta-feira no Senado, não só um relato da minha viagem, mas denúncias acerca desse holocausto. Israel e o povo judeu que não perdoa, até hoje, o que aconteceu com eles na Segunda Guerra Mundial, o sofrimento, os assassinatos, que nós repudiamos, que nós condenamos. E como é que faz igual? Como é que faz a mesma coisa? Como é que proíbe esse direito de ir e vir? Todos que vivem na Palestina, a qualquer hora, Presidente Paulo Paim, chegando um tanque em frente à sua residência, podem ser revistados e presos, sem um mandado judicial ¿ sem um mandado judicial!

Então, são as denúncias que faço. Mas há também as duas propostas para que nós, aqui no Senado, possamos realizar duas audiências públicas: uma para debatermos a construção e esse direito de o povo palestino ter o seu Estado; a outra com relação ao comportamento das autoridades no Aeroporto de Guarulhos para com as pessoas que saem do Brasil para Israel.

Sr. Presidente, era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.